quinta-feira, 29 de outubro de 2009

'This is it' pode concorrer ao Oscar de melhor filme

Longa sobre últimos ensaios de Michael Jackson estreou quarta (28).
Filme não poderá ser considerado na categoria documentário.



'This is it' já arrecadou US$ 20,1 milhões em todo o mundo
O filme "This is it", que mostra os últimos ensaios de Michael Jackson, foi lançado tarde demais para ser considerado para a categoria documentário do Oscar 2010, mas pode concorrer a outros prêmios de Hollywood, incluindo o Oscar de melhor filme.
O longa-metragem, que teve sua estreia mundial na quarta-feira (28), recebeu elogios de fãs e críticos de diversos países, que afirmam que a produção reforça a reputação de Jackson como um artista de primeira. A produção está no topo das bilheterias e faturou US$ 20,1 milhões em todo o mundo apenas em seu primeiro dia em cartaz.
O diretor Kenny Ortega, colaborador de longa data de Jackson, reuniu mais de cem horas de imagens gravadas durante os ensaios para uma temporada de shows de despedida em Londres, que começariam em julho. O cantor morreu aos 50 anos no dia 25 de junho.
O cineasta afirmou que espera que o público do documentário aumente, "para que o máximo possível de pessoas vejam essa história maravilhosa sobre um homem brilhante". Ortega completou: "Prêmios, Oscars, são ótimos pensamentos para sonhar".

Possibilidade de indicação
Mas pode ser mais do que um sonho, afirma o jornalista Steven Gaydos, editor executivo da revista especializada "Variety". Com a expansão das indicações a melhor filme, que a partir de 2010 terá dez longas em vez de cinco, "This is it" pode conquistar seu lugar entre os concorrentes.
Segundo Leslie Unger, porta-voz da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, para disputar uma vaga entre os indicados a melhor filme, a produção deve ficar em cartaz durante no mínimo sete dias em Los Angeles. Ela acrescenta que "This is it" também pode ser considerado para outras categorias, como edição e som.
A Sony, que pagou cerca de US$ 60 milhões pelos direitos de distribuição do filme, planeja mantê-lo em cartaz por duas semanas. O estúdio não confirmou se vai submeter o documentário à premiação da Academia.
O filme não pode concorrer ao Globo de Ouro, já que a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que organiza a cerimônia, não permite que documentários participem, segundo informações do assessor Michael Russell.
Ortega afirma que uma indicação ao Oscar poderia significar um reconhecimento à altura do último trabalho de Michael Jackson. "Ele merece", disse o diretor.

domingo, 25 de outubro de 2009

Em cartaz na Mostra de SP, documentário revela as muitas faces de Paulo Francis

'Caro Francis' tem exibição no festival neste domingo (25).
Diretor Nelson Hoineff também lança filme sobre Chacrinha.



'Caro Francis' reúne entrevistas e imagens de arquivo
Conhecido por não ter papas na língua, o jornalista Paulo Francis ganhou lugar cativo na história cultural brasileira do século 20. Admirado por muitos e odiado também por muitos, Francis arriscou muitas vezes opiniões sexistas, racistas, conservadoras e antipopulares e conseguiu em uma mesma vida se envolver em polêmicas com Lula, Caetano Veloso e a Petrobras.


Agora, 12 anos após sua morte, o jornalista ganha uma homenagem de um de seus maiores amigos, o diretor Nelson Hoineff, que lança o documentário "Caro Francis" na 33ª Mostra de Cinema de São Paulo. O longa-metragem tem exibição neste domingo, às 19h10, no Cine Bombril.

"Eu não queria fazer um filme biográfico, queria mostrar as muitas faces do Francis", afirma Hoineff. "Mas é acima de tudo um retrato sobre um amigo, assumidamente afetivo, longe da imparcialidade jornalística", completa o diretor, que também está lançando outro documentário no festival, "Alô, alô, Terezinha", sobre Chacrinha.

"Caro Francis" reúne entrevistas, cenas de arquivo de diversos momentos da carreira do jornalista, como os comentários ácidos e muitas vezes engraçados que fazia na TV Globo, e imagens pessoais, guardadas pela família, que revelam um Paulo Francis que poucos conheceram. "O Francis era polêmico e austero, mas também era um sujeito muito divertido e generoso", lembra o cineasta. O documentário deve entrar em cartaz no circuito comercial em janeiro.


Chacrinha
Nelson Hoineff conta que começou a fazer o filme sobre Paulo Francis quando já estava trabalhando em no documentário "Alô, alô, Terezinha", que também
estreia na Mostra de São Paulo e chega ao circuito nacional na próxima sexta-feira (30).

O longa revê a trajetória de José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, que se transformou em um dos maiores comunicadores da história da televisão brasileira, e conta com depoimentos de artistas que participaram da trajetória do apresentador na TV, como Roberto Carlos, Rita Cadillac, Fábio Jr. e Elke Maravilha, entre outros, além de muitas imagens de arquivo.

"Acabei fazendo os dois filmes paralelamente, Chacrinha de um lado, Paulo Francis do outro. Foram meses de trabalho muito bem acompanhado", diz Nelson Hoineff.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Walter Salles vai dirigir adaptação literária em Hollywood

Cineasta brasileiro estará à frente de 'American rust'.
Diretor volta a trabalhar com o roteirista de 'Diários de motocicleta'.


O diretor Walter Salles vai dirigir a adaptação do romance "American rust", de Philipp Meyer, produzida por Scott Stubber (de "Separados pelo casamento") em parceria com a Universal.


O projeto marca a reunião do cineasta brasileiro e o roteirista Jose Rivera, que trabalharam juntos em "Diários de motocicleta", cinebiografia de Che Guevara lançada nos cinemas em 2004.


"American rust" acompanha dois amigos de longa data que moram em uma cidade mineradora da Pensilvânia em decadência. Eles sonham com uma mudança para a Califórnia, mas acabam colocando os planos de lado quando se envolvem em um crime. O livro, o primeiro de Meyer, foi premiado recentemente nos EUA.


Ainda não há previsão para o início das filmagens nem para a chegada do filme às salas de cinema.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Filme de Michael Jackson terá mais de 13 mil cópias no mundo todo

Sony lançará 5.000 cópias nos EUA e mais 8.500 no resto do mundo.
Filme estreia dia 28 de outubro, premiére será transmitida via satélite.


A apenas duas semanas do filme de Michael Jackson chegar ao mundo todo, os cinemas estão se preparando para lotação máxima. Nos Estados Unidos, “This is it” será o único grande lançamento do fim de semana de Halloween, sinal de que as distribuidoras rivais também dão crédito ao documentário. A Sony planeja lançar cerca de 5.000 cópias –número grande, mas não recorde. As informações são da “Variety”.

A publicação cita ainda empresas de venda antecipada de ingressos, como a Fandango, que afirmou que 34% de suas vendas na terça-feira (13) foram de ingressos para “This is it”; 27% para “Lua nova” e 15% para “Where the wild things are”.

Ao redor do mundo, a Sony pretende distribuir mais de 8.500 cópias, enviadas para cinemas em 75 países –o que também não chega ao patamar de lançamentos como “Harry Potter”, mas é considerada uma grande quantia.

Ainda de acordo com a “Variety”, as vendas antecipadas de ingressos já estão esgotadas em países como Austrália, França, Japão, Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido. Estão sendo preparadas premiéres na Alemanha, na Polônia, na Coreia do Sul, na Espanha e no Reino Unido, com imagens via satélite do evento que estará acontecendo no Nokia Center, em Los Angeles, na noite do dia 27. O filme entra em cartaz dia 28.

A Sony pagou cerca de US$ 50 milhões pelos direitos de “This is it”, filme que cobre o período de março deste ano até a morte de Michael Jackson, em 25 de junho, tempo em que ele passou ensaiando sua turnê de retorno, que seria realizada em Londres.

Kenny Ortega, diretor do show (e de filmes como “High School Musical”), assina também a direção do longa-metragem, produzido por ele em parceria com Randy Phillips e Paul Gongaware. John Branca e John McClain, advogados responsáveis pela herança do cantor, são produtores executivos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Spielberg ganha medalha pelo conjunto de sua obra

Cineasta foi homenageado também por seu trabalho humanitário.
Cerimônia aconteceu na Filadélfia; prêmio foi entregue por Bill Clinton.


O diretor Steven Spielberg ganha medalha das mãos do ex-presidente americano Bill Clinton, na Filadélfia.

O cineasta ganhou a Liberty Medal por seu trabalho artístico e humanitário; o cantor Bono, do U2, já foi premiado com a mesma medalha.

domingo, 4 de outubro de 2009

No Festival do Rio, Beto Brant lança filme que ironiza reality shows

'O amor segundo B.Schianberg' participa da mostra competitiva.
Durante filmagens, casal foi vigiado por câmeras por três semanas.



Uma maluquice": é assim que o diretor Beto Brant define seu novo filme, "O amor segundo B. Schianberg", que participa da mostra competitiva do Festival do Rio e será exibido neste domingo (4).
Durante as filmagens, um ator e uma videoartista foram vigiados por oito câmeras em um apartamento durante três semanas. "É uma experiência, um jogo, em que observamos o comportamento amoroso na intimidade", conta o diretor, que ficou conhecido por longas como "Ação entre amigos" e "O invasor".
Segundo Brant, o filme ironiza os reality shows da TV. "É um fenômeno da vaidade, e só existe porque o ser humano é um bicho curioso; quis flertar com essa experiência e ir mais fundo, tentar mostrar a essência do que seria autêntico, verdadeiro", explica.
Livremente inspirado no romance "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios", de Marçal Aquino, o longa foi rodado de forma experimental. Em primeiro lugar, o diretor ficava em um apartamento vizinho e só tinha contato com os protagonistas por meio de celular ou internet. Além disso, não existia roteiro, toda a ação era improvisada.

Ainda assim, o diretor afirma que o filme não é um documentário, mas uma mistura de gêneros, entre a ficção e a realidade. "É um jogo, e o que eu fiz foi provocar os dois e vigia-los", conta. Mas quais são as regras do jogo? "Ah, isso eu não revelo. Um mágico nunca revelas seus truques", diz Beto Brant aos risos.