domingo, 31 de maio de 2009

'Alien' pode ganhar história anterior ao filme de 1979


Longa se passaria antes do drama vivido nas telas por Sigourney Weaver.
Direção será do iniciante Carl Rinsch, que faz propaganda e videoclipes.

O diretor de cinema Tony Scott revelou na sexta (29) que o estúdio 20th Century Fox já trabalha em uma história prévia para o clássico do terror "Alien - O oitavo passageiro" (1979), de Ridley Scott.

As notícias lançadas há dias pelo site "Bloody-Disgusting", de que o filme seria dirigido pelo desconhecido Carl Rinsch, foi confirmada por Scott durante a apresentação à imprensa de seu último trabalho, "O sequestro do metrô".

A experiência de Rinsch, que ainda não estreou no mundo do longa-metragem, se limita à gravação de anúncios e vídeos musicais.

"Sim, Carl Rinsch dirigirá a história prévia de 'Alien'. É um dos diretores dentro de nossa companhia", afirmou Tony Scott ao portal "Collider", em alusão à companhia Scott Free Productions, parceira da Fox.

"Estou animado porque Ridley criou o original e Carl Rinsch faz parte da família", afirmou Scott, que destacou que o filme pode começar a ser produzido já no final do ano.

Ainda não se sabe se Sigourney Weaver voltará ao papel que lhe rendeu fama, embora a participação da estrela pareça improvável se o estúdio deseja retratar o passado e as origens do alienígena.

sábado, 30 de maio de 2009

Filme sobre canibal alemão poderá ser exibido, decide tribunal

Um filme de horror de 2006 baseado na história verídica de um engenheiro alemão que matou e comeu uma vítima que consentiu com o crime poderá ser exibido na Alemanha, decidiu um tribunal na terça-feira, revogando uma proibição anterior.

Armin Meiwes, o "canibal de Rothenburg", que matou e comeu uma pessoa com aprovação dela
Armin Meiwes, o chamado "canibal de Rothenburg", tinha movido uma ação judicial para impedir que o filme do diretor Martin Weisz fosse exibido na Alemanha, alegando que o filme prejudicaria seus direitos pessoais.
O tribunal de Karlsruhe disse que o interesse público pelo filme, somado aos esforços anteriores de Meiwes de ganhar dinheiro com seu crime hediondo, se sobrepõem a sua queixa de que o filme lhe causaria prejuízo emocional.
O filme, "Rohtenburg", lançado no mercado internacional com o título "Grimm Love", traz Keri Russell no papel de uma estudante americana que faz intercâmbio na Alemanha, onde estuda psicologia criminal. Ela escolhe o caso notório do canibal como tema de sua tese.
Na história real que horrorizou a Alemanha, o engenheiro Meiwes conheceu sua vítima, o gerente de informática Bernd-Juergen Brandes, através de um anúncio na Internet em 2001. Brandes disse que estava procurando alguém para "obliterar sua vida sem deixar qualquer rastro".
Depois de decepar o pênis de Brandes e tentar comê-lo, Meiwes o apunhalou no pescoço, o pendurou num gancho de carne e o cortou em pedaços, alguns dos quais comeu mais tarde. Ele filmou sua ação em vídeo.
Em 2006 um tribunal de Frankfurt o condenou à prisão perpétua, rejeitando um argumento anterior segundo o qual seu ato de canibalismo teria equivalido a eutanásia, já que Brandes quisera ser consumido.
Meiwes concedeu muitas entrevistas sobre ele próprio e o crime, e, em 2004, assinou um contrato de marketing com uma produtora. O caso já foi tema de um livro, vários outros filmes e canções de Rammstein e Marilyn Manson.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Japão lança arquivo digital sobre o cineasta Akira Kurosawa

TÓQUIO - Os fãs do cineasta japonês Akira Kurosawa terão agora acesso pela internet a milhares de fotos e diversos materiais sobre a vida e obra do diretor.

O cineasta japonês Akira Kurosawa (1910-1998)
O arquivo digital, com 20.000 itens, foi lançado esta semana e inclui fotos particulares, esboços, desenhos, matérias de imprensa, entre outros. O endereço é www.afc.ryukoku.ac.jp/Komon/kurosawa/index.html e o site está em japonês.

O site inclui itens realizados durante as filmagens de clássicos de Kurosawa como "Os Sete Samurais", "Kagemusha" e outros longas premiados.

Também são vistas de fotos de Kurosawa criança em um cavalo, adulto em sua casa de Tóquio e em outros países.

O diretor faleceu em 1998 aos 88 anos. O site foi criado pela Kurosawa Production e a Universidade de Ryukoku.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"Alien - O Oitavo Passageiro", 30 anos de gritos no espaço

Los Angeles - "No espaço, ninguém pode ouvir seus gritos" foi o slogan publicitário perfeito de "Alien - O Oitavo Passageiro" (1979), um clássico do terror que hoje completa 30 anos de sua estreia e que impulsionou as carreiras de seu diretor, Ridley Scott, e de sua protagonista, Sigourney Weaver.

Cena de "Alien 3", de 1992; a série que mistura ficção científica e terror teve início em 1979
Ganhador do Oscar de efeitos especiais, o filme gerou três sequencias a cargo de três autores diferentes: James Cameron, em "Aliens, O Resgate" (1986); David Fincher, em "Alien 3" (1992); e Jean-Pierre Jeunet, em "Alien - A Resurreição" (1997).

Scott assinou logo depois o marco da ficção científica "Blade Runner - O Caçador de Androides" (1982) e mais tarde se encarregou de títulos comerciais como "Thelma e Louise" (1991), "Gladiador" (2000) e "Hannibal" (2001).


Sigourney Weaver em cena de "Alien", de 1979, o clássico do terror de ficção científica
Sigourney criou uma das grandes heroínas do gênero o que lhe permitiu trabalhar em alguns dos filmes mais populares dos anos 80, como "Os Caça-Fantasmas" (1984) e "Nas Montanhas dos Gorilas" (1988).

O diretor britânico, com sua aposta minimalista, fez um milagre. Os US$ 11 milhões de orçamento obrigaram o alienígena que dá nome à saga mal ser visto em todo seu esplendor, um recurso já usado por Steven Spielberg quatro anos antes em "Tubarão".

Mas em troca, Scott criou um ambiente claustrofóbico e opressivo, apoiado na trilha sonora de Jerry Goldsmith e com o simples uso de luzes e sombras dentro da nave espacial Nostromo, por cujos corredores se amontoam ecos das obras de Joseph Conrad e dos contos fantasmagóricos de H.P. Lovecraft.

Voltando para a Terra após uma missão comercial, a tripulação deve desviar de sua trajetória quando "Mother", o computador central, intercepta uma estranha transmissão, o que obriga por contrato a investigação de sua procedência, segundo o roteiro de Dan O'Bannon.

Assim chegam a um planetoide desconhecido e descobrem que o sinal vem do interior de uma nave extraterrestre. Uma expedição decide entrar nela e encontra um habitáculo repleto de ovos, um dos quais libera uma criatura que adere ao rosto de Kane (John Hurt), que fica inconsciente e é levado outra vez à nave.

Aí começa o verdadeiro pânico. Primeiro, ao descobrir que o sangue da criatura é um potente ácido que destrói tudo o que encontra em seu caminho. Depois, com uma das cenas mais impactantes da história do cinema, quando o "alien" arrebenta o peito de seu "hóspede" e escapa.

Quase sem armas para usar contra a criatura, a Nostromo se transforma em uma prisão para seus tripulantes, que decidem caçar o "alien". Mas outra surpresa os aguarda: quando voltam a se encontrar, ele se desenvolveu e adquiriu sua imagem mais aterrorizante, com dentes afiados e mandíbula retrátil incluídos.
VEJA O TRAILER DA VERSÃO LANÇADA EM 2003 DO CLÁSSICO


Perante a sucessão de mortes entre seus companheiros, a tenente Ripley (Weaver) assume o comando e descobre que o extraterrestre devia ser protegido pelo androide Ash (Ian Holm) para ser inspecionado pela Weyland-Yutani, a companhia proprietária da Nostromo.

Finalmente, Ripley consegue se livrar da criatura, expulsando-a para o espaço exterior, e começa seu retorno à Terra, mas como comprovaria anos depois, sua batalha contra os "aliens" acabava de começar e nos filmes seguintes enfrentou um Exército desses predadores ("Aliens, O Resgate"), chegou a se suicidar ("Alien 3"), e inclusive ser clonada ("Alien - A Resurreição").

Apesar de tudo isso, 30 anos depois Weaver ainda pensa em retomar o personagem que lhe deu fama. "Sinto que a saga ainda não acabou para mim", disse à Agência Efe há alguns meses. "Ripley está viva e a salvo, espero que não acabe perdida no espaço para sempre", afirmou.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os filmes de Cannes começam a chegar


"Les Herbes Folles", de Resnais, comprado pela Imovision

Encerrado o Festival de Cannes, a pergunta óbvia é: esses filmes vão chegar ao Brasil?

Sim, vão, já respondem algumas das principais distribuidoras brasileiras, que começam a anunciar os títulos que compraram na Croisette. E o vencedor da Palma de Ouro já tem dono. A distribuidora Imovision será a responsável pelo lançamento no país de “A Fita Branca”, o longa que deu ao austríaco Michael Haneke o prêmio máximo do festival.

Além do grande vencedor, a Imovision ainda trouxe na mala um respeitável pacotão de filmes. Entre os da competição, são dela “Les Herbes Folles”, o filme novo do veterano Alain Resnais, homenageado com uma palma especial pelo conjunto de sua carreira, “The Time that Remains”, de Elia Suleiman, e “Visage”, de Tsai Ming-liang. Da mostra Um Certo Olhar, a distribuidora fechou com os elogiados longas romenos "Tales from the Golden Age" e “Politist, Adjectiv”, que faturou o prêmio da crítica. Também são da Imovision "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen, o filme de encerramento deste ano, e "Polytechnique", de Denis Villeneuve, exibido na Quinzena dos Realizadores.

Ainda entre os premiados, “Anticristo”, pelo qual Charlotte Gainsbourg foi escolhida melhor atriz, deve chegar aos cinemas brasileiros em agosto, lançado pela Califórnia. Além do terror de Lars von Trier, a mesma distribuidora lançará “À Procura de Eric”, de Ken Loach, prometido para dezembro.

Outros três longas que competiram pela Palma serão lançados pela Universal/Paramount: “Taking Woodstock”, de Ang Lee, que deve estrear em 18 de setembro; “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, que está previsto para 23 de outubro; e “Los Abrazos Rotos”, o novo de Pedro Almodóvar, que ainda não tem uma data definida.

A mesma major distribuirá o terror “Arraste-me para o Inferno”, de Sam Raimi, que foi exibido em sessão especial e deve ser lançado aqui em 14 de agosto. Já “Up – Altas Aventuras”, a animação da Pixar/Disney que abriu o festival, aportará por aqui em 4 de setembro. “The Imaginarium of Dr. Parnassus”, mais um que passou em Cannes fora de competição, foi comprado pela Sony, que também lançará o francês “Un Prophète”, de Jacques Audiard, vencedor do Grande Prêmio do Júri. A Imagem prevê para 30 de outubro a estreia de "I Love You Phillip Morris", de Glenn Ficarra e John Requa, que estava na Quinzena e tem Jim Carrey e Rodrigo Santoro no elenco.

"Mother", de Bong Joon-ho, comprado pela Paris Filmes

Segundo o boletim desta terça do portal Filme B, a PlayArte comprou “Bright Star”, de Jane Campion, enquanto a Paris Filmes trará "Iréne", de Alain Cavalier, exibido na Um Certo Olhar, e os dois coreanos de Cannes: “Bak-Jwi”, de Park Chan-wook, e “Mother”, de Bong Joon-ho. Ainda segundo o Filme B, a MovieMobz ficou com dois títulos da Quinzena, "Carcasses", de Denis Coté, e "Here", de Tzu-Nyen Ho, além do filipino "Manilla", de Adolfo Alix Jr. e Raia Martin.

Os dois longas brasileiros do festival serão lançados por aqui em julho. “No Meu Lugar”, de Eduardo Valente, chega no dia 14, enquanto “À Deriva”, de Heitor Dhalia, estreia no dia 31.

Essa ainda é uma lista preliminar, que ainda deve crescer bastante, já que nem todas as distribuidoras anunciaram seus títulos. De todo modo, dos 20 filmes da competição pela Palma, 12 já tem exibição comercial garantida no Brasil. É um bom começo.

*

O novo Godard e clássicos franceses

Além dos títulos exibidos nas mostras oficiais de Cannes, a Imovision anunciou também alguns longas comprados no mercado do festival. Sem dúvida o mais interessante é "Socialisme", novo longa de Jean-Luc Godard, com Patti Smith no elenco, cujo lançamento na França está previsto só para 2010. Outro destaque é "About Elly", de Asghar Farhadi, prêmio de melhor direção no Festival de Berlim deste ano.

A distribuidora ainda fechou um pacote de clássicos franceses que serão lançados em DVD. São cinco longas: "Une Partie de Campagne" (Jean Renoir, 1936), "Viver a Vida" (Godard, 1962), "Amor Livre" (Jacques Doniol-Valcroze, 1959), "Manon - Anjo Perverso" (Henri-Georges Clouzot, 1949) e "Martin Roumagnc" (Georges Lacombe, 1946). E comprou o documentário "Les Deux de la Vague", de Antoine de Baecque e Emmanuel Laurent, que recupera a história da criação de dois filmes centrais da nouvelle vague, "Os Incompreendidos", de Truffaut, e "Acossado", de Godard. Por último, também será lançada uma caixa, chamada "Os Primeiros Curtas", com obras de Resnais, Godard, Rivette, Truffaut, Pialat, entre outros.

A seguir, o trailer de "Socialisme"

terça-feira, 26 de maio de 2009

Michael Moore faz documentário sobre a crise econômica


Cineasta ganhador do Oscar deve lançar novo filme em outubro.
No longa, Moore quer mostrar como ricos teriam "roubado o povo".


Michael Moore: "Os ricos decidiram que não tinham riqueza suficiente"
O cineasta Michael Moore, que criticou o governo Bush em "Fahrenheit 11 de Setembro" e a indústria da saúde em "S.O.S. Saúde", voltou sua atenção para o derretimento econômico global.
O diretor premiado com o Oscar vai lançar seu documentário, que ainda não tem título, em toda a América do Norte em 2 de outubro, anunciaram na quinta-feira (21) a Overture Films e a Paramount Vantage, financiadoras do filme.
"Em dado momento, os ricos decidiram que ainda não tinham riqueza suficiente", disse Moore, segundo o comunicado das empresas.
"Eles queriam mais, muito mais. Então puseram mãos à obra para sistematicamente roubar do povo americano seu dinheiro arduamente ganho. Por que eles fizeram isso? É o que procuro descobrir neste filme."
A Overture disse que Moore ainda está trabalhando sobre o filme, e, de modo típico dele, está guardando segredo em relação aos detalhes da trama.
A Overture, que pertence à Liberty Media Corporation, vai cuidar da distribuição doméstica do filme em cinemas e outros locais, enquanto a Paramount Vantage, da Viacom, ficará com as vendas internacionais.

Carreira polêmica
Michael Moore, 55 anos, já tratou do massacre econômico em "Roger e eu", de 1989, o filme que o tornou conhecido, no qual documentou os efeitos do declínio da General Motors sobre sua cidade natal, Flint, no Michigan.
Ele esteve nos cinemas americanos mais recentemente com "S.O.S. Saúde", sobre o setor da saúde americano. O filme vendeu cerca de US$ 25 milhões em ingressos em 2007.
Moore recebeu um Oscar em 2003 por "Tiros em Columbine", em que tratou do controle de armas, e no ano seguinte lançou o incendiário "Fahrenheit 11 de Setembro", que foi impiedoso com o então presidente George W. Bush e a guerra ao terrorismo. O filme foi grande sucesso nas bilheterias, tendo vendido US$ 120 milhões em ingressos nos EUA, mas Moore não conseguiu seu objetivo de impedir que Bush fosse reeleito para um segundo mandato.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Adaptação do livro de Chico Buarque, 'Budapeste' chega aos cinemas

Misturando idiomas, filme estreia nesta sexta-feira (22).
No elenco, Leonardo Medeiros e a atriz húngara Gabriella Hámori.
Livro de Chico Buarque, “Budapeste” ganhou das mãos do cineasta Walter Carvalho e da roteirista Rita Buzzar adaptação para os cinemas, que entra em cartaz nesta sexta-feira (22). Para levar às telas a história de um ‘ghost writer’ que cai de amores por uma húngara, o diretor carregou parte da equipe para Budapeste e montou um grupo com profissionais de várias nacionalidades e, o mais difícil –idiomas.


O primeiro encontro entre Kriska (Gabrielle Hámori) e Costa (Leonardo Medeiros) na livraria húngara: improviso e ''frescor''


“As filmagens na Hungria foram uma epifania. Eles só falam húngaro, que é uma língua muito difícil. A grande maioria falava inglês também, mas no set tinha de tudo: espanhol, francês, alemão. Era como uma Torre de Babel”, contou Carvalho. E apesar da aparente barreira inicial, a iniciativa de tentar repetir palavras em húngaro do diretor-assistente Rafael Salgado abriu as portas para a comunicação. “Rafa se arriscou, e eles começaram a perguntar também sobre as palavras em português. Sem falar nos palavrões”, brincou o cineasta. “Isso nos uniu.”

Teve até choradeira na despedida da equipe brasileira da Hungria. “Eles nos disseram que mudamos a forma de eles fazerem cinema, porque eram acostumados a trabalhar com os americanos que, dizem, são antipáticos. A gente não se entendia, é verdade, mas havia uma comunicação. Passamos momentos de grande emoção”, contou Carvalho.

Quem mais sofreu com a língua foi o ator Leonardo Medeiros, que tinha muitas falas em húngaro e teve que estudar o idioma e a pronúncia. Aos olhos –e ouvidos– do público brasileiro, parece tudo perfeito e admirável. Mas ele diz que não chegou nem perto de dominar o húngaro. “Quando comecei a estudar, três meses antes das filmagens, percebi que jamais dominaria a língua. Aí me dispus a fazer um mergulho nas falas do personagem e, quando filmamos, me dediquei a aprendê-las. O húngaro é meio lírico, parece que você está dizendo poesia.”

Primeiro encontro

Carvalho afirmou que queria muito improviso no filme, pois acredita que as cenas, feitas espontaneamente, dão um frescor ao filme que, de outra forma, não pode ser conquistado. “O primeiro encontro dos personagens do Léo (Leonardo Medeiros) e da Gabriella (Hámori, atriz húngara que participa do longa), em cena, foi também o primeiro encontro dos dois atores.”

Na história, o “ghost writer” Costa (Medeiros), passeando por Budapeste, conhece Kriska (Gabrielle) ao cogitar comprar um livro para aprender húngaro. Ela diz: “Húngaro não se aprende nos livros”. E se dispõe a colocar o idioma –“o único que o Diabo respeita”– “na cabeça” do protagonista. Os dois vivem uma história de amor, interrompida quando Costa tem que voltar ao Rio de Janeiro, para sua mulher (Giovanna Antonelli) e seu trabalho.

Ao lançar um livro que vira best-seller, e cujo autor parece seduzir sua esposa, Costa se sente traído e ressentido. Decide abandonar tudo e retorna para Budapeste, onde, apesar de não entender perfeitamente o idioma, se sente em casa. Ele retoma sua ligação com o idioma, estudando, se aprofundando e escrevendo muito, ao mesmo tempo em que, pouco a pouco, consegue reconstruir também seus laços com Kriska.


Chico Buarque faz participação em ''Budapeste'', contracenando com Leonardo Medeiros
Clichês húngaros


Atriz húngara de teatro e cinema, Gabriella Hámori foi escolhida por Walter Carvalho para “Budapeste” depois de alguns testes. “Meu personagem serve para ajudar Costa a ver ele mesmo, a se encontrar. Kriska também parece ter saído de um sonho. Às vezes, eu sinto como se ela não precisasse fazer nada além de existir”, conta a atriz.

No Brasil para a divulgação do filme, ela se disse orgulhosa de ser húngara, e definiu seu povo como “incrível”. “Eles são mais cautelosos, dificilmente aceitam algo de primeira. “ Talvez por isso a atriz tenha afirmado que, apesar de gostar dos improvisos pedidos pelo diretor, prefere saber exatamente o que tem de dizer e fazer com antecedência.

“Mas procurei atender tudo o que o Walter pediu. Quando ele disse que não queria que eu e o Leonardo nos encontrássemos antes da primeira cena, respeitei e nem busquei a foto dele na internet. Queria que fosse tudo muito real e totalmente livre.”

Gabriella afirmou que o livro de Chico Buarque não foi muito bem recebido pelos húngaros. "As pessoas que leram o livro gostaram, mas não penetrou fundo. Há muitos clichês sobre a Hungria, e talvez isso tenha influenciado", analisa.

O autor -que fez uma participação especial no filme- já afirmou que escreveu "Budapeste" antes de conhecer a cidade. "Tinha uma ideia onírica dela. Quando a conheci, fiquei com medo de encontrar na realidade uma coisa que imaginei tanto, e foi engraçado porque muita coisa que eu tinha sonhado realmente correspondia à realidade -embora o livro nunca tenha tido essa intenção porque não é realista."


domingo, 24 de maio de 2009

Atriz britânica Lucy Gordon, de "Homem-Aranha 3", é encontrada morta em Paris

A atriz britânica Lucy Gordon, que atuou no filme "Homem-Aranha 3" como a jornalista Jennifer Dugan, foi encontrada morta após aparentemente ter cometido suicídio, informou a polícia francesa nesta quinta-feira.

A atriz britânica Lucy Gordon na pré-estreia de "Homem-Aranha 3" em Nova York (30/04/07)
Ela foi encontrada no apartamento que havia alugado com o namorado em Paris, na quarta-feira, dois dias antes de seu aniversário de 29 anos.

"Nós confirmamos a morte de Lucy Gordon em um aparente suicídio", disse a polícia. A mídia informou que ela teria se enforcado.

A agente da atriz, Elisabeth Simpson, também confirma o suicídio: "Na quarta-feira, 20 de maio, a atriz Lucy Gordon pôs fim a seus dias", disse sem fornecer mais detalhes, segundo a emissora de rádio "France Info".

Autoridades locais ordenaram a realização de uma necrópsia para esclarecer as circunstâncias de sua morte.

Lucy Gordon ficou conhecida por sua participação em filmes como "Honra e Coragem - As Quatro Plumas" (2002), "Bonecas Russas" (2005) e "Homem-Aranha 3" (2007).

A atriz estava trabalhando em um filme sobre o músico francês Serge Gaiinsbourg, no qual ela atuava como sua esposa britânica, a atriz e cantora Jane Birkin.

Algumas cenas de Lucy Gordon no filme "Gainsbourg: Heroic Life" foram exibidas esta semana no Festival de Cannes. Ela era considerada pela imprensa uma estrela em ascensão

sábado, 23 de maio de 2009

Divulgado o primeiro trailer de Surrogates, com Bruce Willis


Foi divulgado nesta sexta-feira (22/5), o primeiro trailer da adaptação Surrogates, produzida pela Disney.

Os agentes do FBI (interpretados por Bruce Willis e Radha Mitchell, de Banquete do Amor) investigam o misterioso assassinato de um universitário envolvido com um homem que ajuda a criar um fenômeno high tech que permite às pessoas criarem versões robóticas de si mesmo - máquinas em forma e com boa aparência que podem assumir o lugar de seus criadores -, deixando as pessoas experimentarem suas vidas do conforto e segurança de suas casas. O assassinato traz a tona uma série de questões: quem é real e em quem realmente podemos confiar?

Jonathan Mostow (O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas) assume a direção do longa, baseado na graphic novel de Robert Venditti. Michael Ferris e John D. Brancato escreveram o roteiro adaptado.

Surrogates estreará no dia 13 de novembro de 2009 nos cinemas brasileiros.


Cena de Surrogates

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Christmas Carol, com Jim Carrey


Foi divulgado nesta segunda-feira (18/5), um vídeo com as primeiras cenas de A Christmas Carol, animação da Disney da nova versão para conto de Charles Dickens, que traz Jim Carrey (Sim Senhor) no papel do velho Scroog.

O ator e comediante Jim Carrey irá interpretar quatro personagens diferentes: o velho Scrooge e três fantasmas.

O filme contará a história do velho e rabugento, Ebenezer Scrooge (Carrey), que durante a noite de Natal recebe em sua casa a visita de três fantasmas, do Natal Passado, do Natal Presente e do Natal Futuro. Eles mostrarão a Scrooge como ele está desperdiçando sua vida e que ainda há tempo para mudar.

Esse conto foi várias vezes adaptado. A própria Disney já produziu o curta-metragem Cântico de Natal (1983), animação em que Mickey e seus amigos vivem essa história de Natal.

A Christmas Carol, dirigido por Robert Zemeckis, estreia dia 6 de novembro nos cinemas brasileiros.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Spielberg vai produzir filme sobre Martin Luther King


Projeto é um sonho antigo do diretor.
Martin Luther King foi assassinado em 1968.


O estúdio DreamWorks, de Steven Spielberg, adquiriu os direitos para levar aos cinemas a vida de Martin Luther King, ícone da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, informou nesta terça-feira (19) a edição digital da "Variety".
O projeto é um sonho antigo de Spielberg e seu sócio Stacey Snider, que tentaram durante anos obter as permissões legais para realizar o filme.
"Estamos honrados de ter a oportunidade de contar este momento histórico. Temos esperança de que o poder criativo do cinema e o impacto da vida do doutor King possam ser combinados para apresentar uma história de poder inegável da qual possamos estar orgulhosos", comentou Spielberg.

Luta contra discriminação
Martin Luther King foi assassinado em 1968, em Memphis, quando tinha 39 anos, e foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para acabar com a segregação racial e a discriminação nos Estados Unidos.
Este líder civil registrou durante sua vida os direitos autorais de seus discursos e outras obras, uma propriedade que passou a ser administrada por seus herdeiros.
O filme da DreamWorks será o primeiro a contar com a autorização para usar integralmente o trabalho de King, incluindo o famoso discurso "I Have a Dream", que aconteceu em 1963, em Washington DC, a fim de reproduzir um retrato fiel de sua vida

terça-feira, 19 de maio de 2009

Woody Allen recebe indenização de US$ 5 milhões de grifes de roupas


A marca American Apparel usou imagem do cineasta em campanha.
Diretor alegou que sua reputação foi prejudicada com o anúncio.
A empresa American Apparel fechou um acordo extrajudicial de US$ 5 milhões para encerrar a ação movida por Woody Allen pelo uso indevido da imagem dele em anúncios da empresa. A informação foi dada pelo cineasta nesta segunda-feira (18), quando a ação estava prestes de ir a julgamento.
Allen processou a empresa de roupas mais de um ano atrás, quando sua imagem apareceu em outdoors em Nova York e Los Angeles. O cineasta disse que sua reputação foi prejudicada e que a imagem tirada de seu filme "Noivo neurótico, noiva nervosa", que o mostra vestido como judeu hassídico, foi usada sem sua autorização.
Allen, 73 anos, que afirma não vender sua imagem para lucro comercial nos Estados Unidos, disse que os depoimentos revelaram que a American Apparel pensava que o medo de publicidade o impediria de ir à Justiça.
Uma das maiores fabricantes de roupas dos Estados Unidos, a American Apparel já publicou anúncios controversos no passado que incluíram jovens de pouca roupa em poses provocantes. Seu fundador, Dov Charney, foi processado por várias ex-funcionárias por assédio sexual.
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Charney disse que teve a idéia de usar a imagem de Allen em abril de 2007, quando assistia a uma sequência de sonhos do filme "Noivo neurótico, noiva nervosa", feito por Woody Allen em 1977. Na época, disse Charney, ele estava angustiado devido às ações por assédio sexual movidas contra ele.
Charney, 40 anos, disse que sentiu afinidade com o personagem de Allen, que estava sendo negativamente retratado no filme, e também por Woody Allen na vida real, que também esteve envolvido em escândalos sexuais.
A ação numa corte federal ameaçou ficar mais pessoal depois que a ex-namorada de Allen, a atriz Mia Farrow, e a mulher dele, Soon-Yi Previn, apareceram numa lista de testemunhas.
Woody Allen se envolveu num escândalo público em 1992, quando Mia Farrow descobriu que ele estava tendo um caso com a filha adotiva dela de 22 anos, Soon-Yi. Allen se casou com Soon-Yi em 1997.
"As ameaças e vazamentos à imprensa pela American Apparel, que visavam me difamar, não funcionaram, e o esquema de convocar uma longa lista de testemunhas que não tinham absolutamente nada a ver com o caso também foi desautorizado", disse.
Woody Allen, que na ação que moveu contra a empresa pedira mais de 10 milhões de dólares, disse que poderia ter recebido mais se tivesse levado o caso ao tribunal, "mas não é assim que ganho a vida", falou.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Stanley Kubrick O Gênio


Informação geral
Data de nascimento 26 de julho de 1928

Local de nascimento Nova Iorque, EUA

Data de falecimento 7 de março de 1999 (80 anos)

Local de falecimento Hertfordshire, Inglaterra

Ocupação Diretor, Roteirista

Cônjuge Toba Kubrick (1948-1951)
Ruth Sobotka (1955-1957)
Christiane Kubrick (1958-1999)


Stanley Kubrick (Nova Iorque,26 de julho de 1928 — Hertfordshire, 7 de março de 1999) foi um dos cineastas mais importantes do século XX, responsável por uma obra polêmica, mas que gozou de uma excelente recepção crítica.

Vida
Infância e adolescência

Em sua infância, o garoto do Bronx não era o que se podia chamar de "aluno exemplar". Raramente fazia as lições de casa e suas notas não eram das melhores. Mas apesar disso, tinha reconhecimento do pai em sua mente criativa. Foi este quem o encorajou a aprender xadrez (se tornou um especialista no esporte) e lhe deu sua primeira máquina fotográfica. Ainda na adolescência, visando a carreira como fotógrafo, conseguiu emprego na conceituada revista Look, mas logo Kubrick descobriu que o seu futuro estava ligado a outro tipo de câmera.[1]

Primeiros trabalhos
Estreou como cineasta de curta-metragens aos 22 anos. Aos 25, obteve uma grande ajuda financeira do pai, que penhorou a casa para a produção de Fear and Desire (1953), seu primeiro longa-metragem. Considerou o trabalho amador e, mesmo com algumas boas críticas, logo tratou de retirá-lo de circulação. Até hoje o filme permanece fora de catálogo, tendo sido exibido poucas vezes em festivais ou distribuído ilegalmente. Logo após Kubrick realizaria outro longa, A Morte Passou Por Perto (1955) (Killer's Kiss), outro filme pouco divulgado e de difícil acesso. Mas é a partir de O Grande Golpe (The Killing) (1956) que sua carreira começa a funcionar. A trama sobre um plano de assalto ganhou a atenção de alguns produtores. Apesar disso, teve dificuldades com a adaptação da novela Paths of Glory. O filme homônimo foi estrelado pelo astro Kirk Douglas, que ajudou a levantar o projeto após ele ter sido rejeitado pelos estúdios. Kubrick fez um dos filmes anti-guerra mais poderosos que o mundo do cinema já viu. Focado não em heróis, mas sim em covardes. Apesar das excelentes críticas, Horizontes de Glória (1957) (Paths of Glory) foi proibido em alguns países, incluindo a França.


Reconhecimento e Clássicos
Kirk Douglas gostou de trabalhar com Kubrick. Foi ele quem o chamou para dirigir o épico Spartacus (1960) após a tensa demissão do veterano diretor Anthony Mann. Mann já havia filmado boa parte da produção quando Kubrick, com apenas 29 anos, assumiu o seu lugar. A boa relação com Douglas viria por água a baixo quando diferenças criativas se confrontaram. Kubrick perdeu a batalha e se viu obrigado a filmar sem poder colocar algumas de suas idéias em prática. Mesmo com o sucesso do filme, ele decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos que pudesse ter total liberdade criativa. E foi com esse pensamento que se muda para a Inglaterra em 1962. No mesmo ano começa as filmagens de Lolita (1962), clássico da literatura escrita por Vladimir Nabokov. A curiosidade sobre a adaptação da obra de Nabokov dá grande visibilidade ao filme, que mesmo imerso em polêmicas (a relação entre um homem de meia-idade e uma adolescente era a principal delas) se torna outro grande sucesso de crítica. Dois anos depois, o diretor lança outro clássico absoluto: Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964) (Doutor Fantástico no Brasil; Doutor Estranhoamor em Portugal). Tendo como o tema a ameaça nuclear, o filme é uma comédia de humor negro com atuações e roteiro primorosos. Para atuar, Kubrick chamou o comediante inglês Peter Sellers, que se desdobra em três papéis, incluindo o de presidente dos Estados Unidos da América e George C. Scott (que alguns anos mais tarde se destacaria de vez em Patton, Rebelde ou Herói?). Entre os vários momentos clássicos está o final, com direito a um major cowboy montado sobre um míssil. Esse trabalho rendeu a Kubrick sua primeira indicação ao Oscar de melhor diretor.
Cinco anos de produção foram necessários para o desenvolvimento de 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) (2001: A Space Odissey), para muitos, a melhor ficção científica já filmada. Foi escrito ao mesmo tempo em que o livro homônimo de Arthur C. Clarke estava em produção. Clarke, inclusive, deu assistência na criação do roteiro. 2001 teve uma recepção fria da crítica, mas obteve sucesso junto ao público. Até hoje possui em sua força maior as músicas de Richard Strauss, Danúbio Azul, e Assim falou Zaratustra. Os efeitos especiais, inovadores para a época, garantiram ao filme um Oscar da categoria. Novamente indicado a melhor diretor, Kubrick vê o seu prêmio escapar. Logo após, chateado com o cancelamento do longa sobre Napoleão Bonaparte, ele segue para mais uma adaptação. Dessa vez o livro é A Laranja Mecânica (1971) (A Clockwork Orange) de Anthony Burgess, focado na violência humana e, principalmente, na da juventude. Causou grande polêmica na época de seu lançamento e foi acusado de incitar a bárbarie. Na história, quatro jovens de classe trabalhadoras passam as noites cometendo as maiores atrocidades: brigar, roubar, estuprar... são apenas algumas delas. A vida de um deles, Alex, (Malcolm McDowell) toma um rumo diferente quando o mesmo vai para a cadeia. Disparado o trabalho mais controverso do diretor, que lhe rendeu outra indicação ao prêmio da Academia e outra derrota.
Nos anos seguintes três filmes totalmente diferentes: um longuíssimo filme de época, um terror de gelar a espinha e a sua visão da Guerra do Vietnã. O primeiro é Barry Lyndon (1975). Linda obra saída de uma novela de William Makepeace Thackeray. Apesar de ser pouco conhecido, o filme é considerado por muito dos fãs de Kubrick, entre eles Martin Scorsese, como seu melhor trabalho. Pois nele é perfeitamente visível o seu perfeccionismo, característica marcante em sua carreira. Barry Lyndon, interpretado magistralmente por Ryan O'Neal, é uma espécie de "talentosa fraude" que inevitavelmente é expulso de onde quer que se meta. A fotografia do filme, dirigida por John Alcott - trabalhando sob a orientação técnica de Kubrick - e vencedora do Oscar, é outro momento inesquecível. Kubrick usou lentes criadas pela NASA para poder filmar alguns interiores. Detalhe: iluminados apenas com velas. Mesmo com todo o cuidado da produção, Barry Lyndon fracassou nos Estados Unidos, mas fez relativo sucesso na Europa. Levou quatro estatuetas douradas, mas de novo o admirável trabalho de Stanley como diretor não foi reconhecido pela maioria votante. Um novo sucesso mundial ele voltaria a ter com o clássico O Iluminado (1980) (The Shining), adaptação da obra de Stephen King. A história de uma família que passa uma temporada em um hotel nas montanhas até hoje faz sucesso onde quer que seja exibida. Quase no final dos anos 80, Kubrick resurgiria dando ênfase a guerra. Dessa vez a do Vietnã. Saída do livro de Gustav Hasford, Nascido Para Matar (1987) (Full Metal Jacket) é quase que uma versão "Kubrickiana" de Apocalypse Now. O filme é praticamente dividido em duas partes: a preparação para a guerra e o ambiente de combate. Kubrick disse que ficou frustrado com o fato de que antes da estréia do filme dois outros longas sobre o tema já tinham sido lançados com sucesso: Os Gritos do Silêncio (The Killing Fields) (1984) e Platoon (1986). Ainda como destaque da produção está o imenso set erguido em Londres para a batalha final.


Final de Carreira
Do seu último longa-metragem até De Olhos Bem Fechados (1999) (Eyes Wide Shut), passou-se um longo período sem nada assinado por Stanley. Lançado em 1999, o filme protagonizado pelo (até então) casal número um dos Estados Unidos, causou uma grande comoção entre os amantes da sétima arte. Tom Cruise e Nicole Kidman interpretam um casal em crise e foi adaptada de romance escrito por Arthur Schnitzler, chamado Traumnovelle. Dois anos foi o período de filmagem, tempo que o perfeccionismo de Kubrick achou necessário para a conclusão do filme, mas não o necessário para agradar a crítica e público. Kubrick faleceu enquanto dormia, devido a um ataque cardíaco, no dia 7 de março de 1999,[1] não testemunhando a fria recepção que seu último trabalho obteve. O último projeto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi AI:Inteligência Artifícial, de Steven Spielberg.


Filmografia
ANO TÍTULO
ORIGINAL TÍTULO
BRASIL TÍTULO
PORTUGAL
1999

EYES WIDE SHUT
DE OLHOS BEM FECHADOS
DE OLHOS BEM FECHADOS

1987
FULL METAL JACKET
NASCIDO PARA MATAR
NASCIDO PARA MATAR


1980
THE SHINING
O ILUMINADO
SHINING


1975
BARRY LYNDON
BARRY LYNDON
BARRY LYNDON


1971
A CLOCKWORK ORANGE
A LARANJA MECÂNICA
A LARANJA MECÂNICA


1968
2001: A SPACE ODISSEY
2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO
2001: ODISSEIA NO ESPAÇO


1964
DR. STRANGELOVE OR: HOW I LEARNED TO
STOP WORRYING AND LOVE THE BOMB
DR. FANTÁSTICO
Dr. ESTRANHOAMOR


1962
LOLITA
LOLITA
LOLITA


1960
SPARTACUS
SPARTACUS
SPARTACUS


1957
PATHS OF GLORY
GLÓRIA FEITA DE SANGUE
HORIZONTES DE GLÓRIA


1956
THE KILLING
O GRANDE GOLPE
UM ROUBO NO HIPÓDROMO


1955
KILLER'S KISS
A MORTE PASSOU POR PERTO


1953
FEAR AND DESIRE

DOCUMENTÁRIOS DE CURTA METRAGEM:
ANO TÍTULO
ORIGINAL TÍTULO
BRASIL TÍTULO
PORTUGAL
1953
THE SEAFARERS

1951
DAY OF THE FIGHT

1951
FLYING PADRE

Prêmios e nomeações
Oscar

• Melhores Efeitos Especiais
o 1968 - 2001: Uma Odisseia no Espaço
Indicações
• Melhor Diretor

o 1964 - Dr. Fantástico
o 1968 - 2001: Uma Odisseia no Espaço
o 1971 - Laranja Mecânica
o 1975 - Barry Lyndon
• Melhor Filme
o 1964 - Dr. Fantástico
o 1971 - Laranja Mecânica
o 1975 - Barry Lyndon
• Melhor Roteiro
o 1964 - Dr. Fantástico
o 1968 - 2001: Uma Odisseia no Espaç
o 1971 - Laranja Mecânica
o 1975 - Barry Lyndon
o 1987 - Nascido Para Matar
Globo de Ouro
Indicações

• Melhor Filme
o 1971 - Laranja Mecânica
o 1975 - Barry Lyndon
Framboesa de Ouro
Indicações

• Pior Diretor
o 1980 - O Iluminado
Festival de Veneza
• Leão de Ouro pela contribuição ao cinema[1]
Director's Guild of America
• Prêmio pelo conjunto da obra (1997)


Prêmio Luchino Visconti
• Prêmio pela contribuição ao cinema (1988)
Fatos Curiosos
• Três de seus filmes, 2001: Uma Odisséia no Espaço, Dr. Fantástico e A Laranja Mecânica, estão listados entre os 50 maiores filmes de todos os tempos, pelo respeitado American Film Institute.[1]
• A grande maioria de sua obra retrata personagens que sofrem um processo gradual de desintegração psicológica que muitas vezes as conduz à loucura. Em "Lolita", Humbert Humbert é lentamente consumido pelo ciúme e paranóia; em "Dr. Strangelove", um oficial do exército enlouquece com a pressão da Guerra Fria e desencadeia uma guerra nuclear entre as nações envolvidas; em "2001: Uma Odisséia no Espaço", HAL, apesar de ser uma máquina, apresenta padrões comportamentais humanos ao ponto de matar a tripulação humana da viagem, receando que pudesse ser desativado/morto por falhas; em "Laranja Mecânica", Alex é transformado em um ser pacífico contrário à sua natureza, e paralelamente o pacífico escritor enlouquece ao descobrir a verdadeira identidade do assassino da mulher; "Barry Lyndon" deixa se levar pelo poder e riqueza no filme homônimo de 1975; Jack, em "O Iluminado", enlouquece durante um inverno em um hotel desocupado e tenta matar sua família; em "Nascido para matar" o soldado Pyle enlouquece com o treinamento militar na primeira parte do filme, e na segunda parte os soldados no Vietnã apresentam um comportamento igualmente insano e frio; em "De Olhos Bem Fechados" Dr. Bill desenvolve uma paranóia irracional (ou talvez real?) de que sua esposa possa ser infiél a ele.
• A grande maioria dos filmes de Kubrick possui ao menos uma cena importante que se passa em um banheiro.
• Durante a década de 90 um cidadão inglês chamado Alan Conway se fez passar publicamente por Stanley Kubrick, e teve acesso à festas, boates e restaurantes famosos. Parte do seu sucesso na fraude é devido ao fato de que o verdadeiro Kubrick era recluso e reservado, ao ponto de que muitas pessoas nem ao menos sabiam como a aparência do diretor era. A história virou um filme em 2005, "Colour me Kubrick" (Totalmente Kubrick, título em português), estrelado por John Malkovich.
• Era um grande admirador do trabalho de Woody Allen, e considerou a possibilidade de o escalar para o filme De Olhos Bem Fechados. Ocasionalmente o papel foi para Sydney Pollack.
• Um projeto que tentou realizar durante 30 anos era um filme sobre Napoleão Bonaparte. Após a sua morte em 1999, sua casa e escritório na Inglaterra foi aberta a um seleto grupo de jornalistas que tiveram a oportunidade de presenciar a dedicação de Kubrick ao projeto: uma sala repleta de mapas, ilustrações e "praticamente todos os livros já escritos sobre Napoleão" segundo um assistente do diretor.
• Era avesso a dar entrevistas.
• Após Spartacus, Kubrick só assumiu projetos sobre os quais tivesse absoluto controle. Algumas mudanças no roteiro do épico foram feitas pelo estúdio, o que desagradou o diretor. Por outro lado, os novos filmes de Kubrick iriam enfurecer os escritores dos quais os livros eram adaptados para as telas. Stephen King, autor de O Iluminado, criticou duramente o filme, alegando que Kubrick, além de modificar sua história, também não retratou o mesmo clima de terror de seu livro. Durante a década de 90 King produziria sua versão própria para um filme da TV. Nabokov disse ter admirado o filme Lolita, mas se mostrou extremamente aborrecido por ter perdido tempo em criar e adaptar um roteiro que mais tarde seria tão modificado por Kubrick que ficaria irreconhecível ao original. O escritor Anthony Burgess nutriu um ódio pessoal pelo diretor, ao ponto de que, em uma de suas versões para o teatro de seu livro Laranja Mecânica, um personagem fisicamente parecido com Kubrick era espancado até a morte pelos drugues de Alex.
• Segundo R. Lee Ermey, Kubrick repugnava a falta de profissionalismo dos atores e suas personalidades mimadas. Ainda segundo ele, um dos motivos para seus múltiplos takes repetidos era o fato de que "os atores memorizavam mas não compreendiam as falas. Somente após 40 takes os atores finalmente entravam no papel e paravam de simplesmente repetir as palavras para finalmente atuar naturalmente".
• Outra teoria para seus takes repetidos era a de que Kubrick poderia assim manipular seus atores ao limite desejável. Apesar de parecer um ato aparentemente frio e desumano, os resultados com a atriz Shelley Duvall em O Iluminado parecem ter funcionado. Após mais de 100 takes (um recorde) os gritos de desespero da atriz na cena "Here is Johnny" pareciam reais. Talvez porque fossem reais.
• Foi convidado para dirigir a continuação do sucesso O Exorcista, mas recusou porque queria desenvolver seu próprio filme de terror.
• Teve grandes problemas de relacionamento durante as filmagens de O Iluminado. Consta que o ator Jack Nicholson teria ficado enfurecido com Kubrick devido ao seu perfeccionismo, dizendo-lhe que "só porque você é perfeccionista não quer dizer que seja perfeito". Aparentemente, Kubrick, que sofria de insônia, também ligava para o autor Stephen King de madrugada para fazer-lhe perguntas religiosas.
• Ganhou um documentário a seu respeito, chamado Stanley Kubrick:Imagens de Uma Vida (Stanley Kubrick: A Life in Pictures/2001). O filme foi narrado pelo astro de sua última obra, Tom Cruise.
• Kubrick morreu exatamente 666 dias antes de 2001, na Inglaterra, o verdadeiro lar que adotou após brigas com a indústria cinematográfica de seu país (EUA).
• Pelas suas características foi diagnosticado como portador de autismo de alto desempenho.
• Kubrick nunca dirigiu uma continuação de filmes.

sábado, 16 de maio de 2009

Documentário resgata ascensão e queda do cantor Wilson Simonal

'Simonal - Ninguém sabe o duro que dei' estreia nesta sexta-feira (15).
Longa é dirigido por Claudio Manoel, humorista do 'Casseta e Planeta'.


A história de Wilson Simonal (1939-2000) no cenário da música popular brasileira é bem peculiar. Um dos cantores mais importantes da década de 1960 - sua fama chegou perto da de Roberto Carlos, após se envolver num episódio confuso, no início dos anos 1970, viu sua carreira ruir e caiu no ostracismo.
O documentário "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei", que estreia em São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e no Recife nesta sexta-feira (15), investiga a ascensão, a queda e tudo o houve por trás dessa história.
Simonal começou sua carreira em bailes do Exército e se consagrou no final da década de 1960. Suas interpretações de músicas como "Meu limão, meu limoeiro" e "País tropical" (de Jorge Ben Jor) caíram no gosto popular, assim como seu programa de televisão, "Show em Si... monal", exibido pela TV Record, famosa pelos festivais que projetaram Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso e tantos nomes da MPB.
Como um artista versátil e popular foi abandonado pelos fãs e perseguido pela mídia? Nas palavras do crítico Nelson Motta, o músico "virou um tabu, um leproso, um pária". A explicação não é simples e envolve uma série de motivos, como revela o documentário dirigido por Claudio Manoel (o humorista do "Casseta e Planeta" que interpreta, entre outros, o Seu Creysson), Micael Langer e Calvito Leal.
Um dos fatores, talvez o mais forte, que deu início ao processo, ocorreu por alguma ingenuidade de Simonal. Em 1971, ele desconfiava que seu contador, Raphael Viviani, o roubava, e pediu que um amigo policial lhe desse uma lição. No entanto, os espancadores pertenciam ao DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), o temido órgão de repressão política, acusado de torturar presos políticos durante a ditadura militar. Para piorar a situação, o inspetor Mário Borges declarou que o cantor era informante da polícia.

Bola de neve
A bola de neve foi aumentando à medida em que órgãos de imprensa, como "O Pasquim", aceitaram tal informação como verdadeira e começaram uma caça às bruxas contra o artista, que perdeu prestígio, amigos e foi perseguido pelo resto da vida.
A surra dada em Viviani rendeu ao cantor, em 1972, uma condenação a mais de 5 anos de prisão, que cumpriu em liberdade. Mas só em 2003 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o reabilitou simbolicamente, após uma investigação do caso, a pedido da família. Um documento da Secretaria Nacional de Direitos Humanos revelou que não havia nenhuma prova contra Simonal. Mas já era tarde demais, o cantor morrera havia três anos.
"Simonal - Ninguém sabe o duro que dei" reencontra Viviani e colhe o seu depoimento, que, no fundo, acaba complicando até mais a imagem do cantor no caso da surra. O ex-contador do músico alega que foi torturado até assinar uma confissão falsa, pois os agentes do DOPS ameaçavam sua família. Quando a mulher de Viviani deu queixa de seu desaparecimento, o delegado que investigou a questão chegou ao nome de Simonal.
Premiado no 1º Festival de Cinema de Paulínia (melhor documentário pelos júris popular e oficial) e menção honrosa no É Tudo Verdade do ano passado, "Simonal" conta com uma série de imagens de arquivo e depoimentos de pessoas ligadas ao músico, como Pelé, Miele e Tony Tornado.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Diretora de "Fumando Espero" exorcisou o próprio vício filmando


O ator Ney Latorraca, com Adriana Dutra, fala no documentário "Fumando Espero"
Em "Fumando Espero", documentário de estréia de Adriana L. Dutra, o cigarro, que já foi tratado por Hollywood como sinônimo de glamour e sensualidade, é o grande vilão da história.

São cerca de 1 bilhão e 200 mil fumantes no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% das pessoas que tentam parar de fumar pela primeira vez não conseguem. Foi assim que Adriana se interessou pelo tema: quando tentou parar, não conseguiu abandonar o vício e percebeu que precisava de ajuda médica.

"Eu era uma dependente física da nicotina, além de psicológica, porque o cigarro estava presente na minha vida em momentos em que ativava em mim a necessidade de fumar. E comportamental também porque certos hábitos me levavam a fumar, como tomar uma cerveja", conta.

A partir da dificuldade, a diretora começou a pesquisar o tema, as manipulações da indústria, as fraudes da saúde pública e descobriu que era um assunto atraente para o formato de documentário.

Com depoimentos de fumantes e ex-fumantes, Adriana conta a história dessa indústria no Brasil e no mundo desde o início até os dias de hoje. Há espaço para todos os pontos de vista, como depoimentos de médicos, dos agricultores do fumo e até para os representantes da indústria. Estes últimos, no entanto, preferiram não falar.


Os ex-fumantes Eduardo Moscovis, Rita Guedes, Carla Camurati e os fumantes Charles Paraventi e Srcarlet Moon são algumas das personalidades que contam a sua relação com o cigarro. "Para escolher os personagens utilizei pessoas que faziam parte do meu convívio e anônimos que descobri na medida em que fiz a pesquisa", diz a diretora.

No início, o cinema foi utilizado pela indústria do tabaco como arma de publicidade. Mas não é mais assim. "Hoje em dia, é difícil você encontrar um filme onde existem personagens fumantes. O personagem fumante é o vilão, o malandro, mas a indústria está sempre trabalhando. Apesar de ser proibido marketing direto, existe o marketing indireto".

"O meu objetivo é que o filme seja veículo de reflexão. E realmente uma fonte de pesquisa, passa um panorama completo do cigarro", conclui a diretora.

Envolvida com a realização de festivais de cinema em todo o mundo há 15 anos, Adriana quer continuar sua carreira de diretora e já está escrevendo seu próximo longa, uma ficção.

Ney Latorraca: 6 anos sem fumar

"Fumando Espero" é a primeira participação do ator Ney Latorraca em um documentário. "Quando você fala num documentário, não tem nenhuma proteção, nem está atrás de nenhum personagem. Dei meu depoimento, ali fazia três anos que eu tinha parado; hoje, faz seis", conta.

O medo foi uma das razões que o levaram a parar de fumar: "Foi por medo e também porque eu sou uma pessoa que cheguei no ponto que tenho que respeitar o meu corpo como ator, para você ter um fim melhor de vida e estar melhor de cena, em respeito ao público", diz Ney Latorraca.

Para ajudar a abandonar o vício, o ator conta que inventou uma história para si mesmo: "Inventei um casal que eu não conheço, que mora na América, e toda vez que eu fumo cai um dinheiro na casa deles, numa caixa. Cada um tem que criar o seu método e eu não queria dar dinheiro para esse casal."

No momento, Ney Latorraca é produtor da peça "DesFigura" em cartaz todos os sábados, à 0h, no Espaço Parlapatões, em São Paulo, até dia 13 de junho.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cena com carros em filme de Nicolas Cage causa acidente em NY


Um dublê que filmava uma perseguição de carros na Times Square em Nova York para um filme estrelado por Nicolas Cage chocou sua Ferrari contra a vitrine de um restaurante, causando ferimentos leves em dois transeuntes, informaram a polícia e os produtores do filme na segunda-feira.

No vídeo, aparecem imagens de Nicolas Cage caracterizado como o personagem do filme
O acidente, que aconteceu na manhã desta segunda-feira, foi captado num vídeo amador que foi postado no site do New York Post.
O vídeo mostra dois carros "costurando" entre outros, até que o motorista do carro da frente perde o controle do veículo, sobe na calçada e se choca com a vitrine de um restaurante de cadeia italiana.
O trânsito normal na Times Square tinha sido interrompido para as filmagens de "The Sorcerer's Apprentice" e todos os carros vistos no vídeo faziam parte da filmagem.
A polícia disse que um homem de 23 anos foi atingido por um poste que caiu e se queixou de ferimento na cabeça e que uma mulher de 21 sofreu um ferimento no pé. Os dois ferimentos foram considerados leves, e o dublê que dirigia o carro acidentado não se machucou.
"Nosso pessoal médico da produção que estava no local prestou atendimento imediato aos feridos, e os dois pedestres foram levados a um hospital para avaliação médica", disse um comunicado da produção de "The Sorcerer's Apprentice". O filme está sendo produzido pela Walt Disney Pictures e Jerry Bruckheimer Films.
"Uma pessoa já recebeu alta e nos foi dito que a segunda também, mas ainda não pudemos confirmar a segunda alta", disse o comunicado. "Todas as normas de segurança foram seguidas, e a segunda unidade de filmagem vai continuar os trabalhos, conforme o planejado."
Previsto para chegar aos cinemas em meados de 2010, "The Sorcerer's Apprentice" (O aprendiz de feiticeiro) é a história de um universitário recrutado a contragosto para trabalhar para um feiticeiro, papel este representado por Cage. Ambientado na Nova York contemporânea, o filme é baseado no segmento de mesmo nome do filme animado "Fantasia", da Disney.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cenas de filme sobre relação incestuosa entre dois irmãos vazam na internet

Promo de quatro minutos de 'Do começo ao fim' está no YouTube.
Longa de Aluizio Abranches tem Julia Lemmertz e Fábio Assunção.



Os atores João Gabriel Vasconcelos e Rafael Cardoso vivem os irmãos adultos
Um vídeo promocional do filme “Do começo ao fim”, com quarto minutos de duração, vazou na internet cerca de três meses antes da estreia do novo longa-metragem de Aluizio Abranches (que fez “Um copo de cólera” e “As três marias”), prevista para o mês de agosto. O filme mostra a relação incestuosa entre dois irmãos, filhos da mesma mãe (Julia Lemmertz) e de pais diferentes.

Criados juntos, os dois desenvolvem uma relação de muita proximidade, que acaba virando um romance. O vídeo, disponível no YouTube (clique aqui para assistir), mostra cenas dos irmãos ainda pequenos e depois já adultos, abraçados e dizendo que se amam.

Procurado para comentar o assunto, Abranches não foi encontrado. Sua assessoria de imprensa também não retornou até o fechamento desta reportagem. Mas em um vídeo que mostra os bastidores das filmagens, disponível na internet, o cineasta fala sobre o roteiro. “São dois rapazes que vivem uma história de amor não só fraternal, mas amorosa. Eles viram um casal.”


Na infância, os dois são interpretados por Lucas Cotrim e Gabriel Kaufman
E segue: “É um filme libertário. Acho importante começar a falar desse assunto, estamos na segunda década do século 20. E o filme é muito bonito, as pessoas são bonitas, generosas, boas, abertas e libertárias. E ao mesmo tempo, sem levantar nenhuma bandeira. Estou só contando uma história, obviamente tocando em assuntos que são tabus.”

Fábio Assunção também está no elenco, como o pai de um dos meninos. A fotografia é feita pelo suíço Ueli Steiger, que trabalhou em grandes produções internacionais, como “Godzilla”, “O dia depois de amanhã” e “O patriota”.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Festival de Cannes 2009

Mostra é considerada a mais importante do cinema mundial.
Competição traz novos filmes de Tarantino, Almodóvar, Ang Lee e outros.



Pôster oficial da 62ª edição do festival

Entre os dias 13 e 24 de maio, os olhos do cinema mundial estarão voltados para o 62º Festival de Cannes, considerado o mais importante da sétima arte.
Este ano a competição pela Palma de Ouro traz novos filmes de Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, Ang Lee, Ken Loach e outros diretores famosos. A programação do festival também inclui grandes lançamentos mundiais, como a animação em 3D "Up - Altas aventuras", que abre o evento, e "The imaginarium of Doctor Parnassus", que revela a última participação de Heath Ledger no cinema.
O Brasil será representado por "À deriva" de Heitor Dhalia na mostra Um Certo Olhar, que faz parte da seleção oficial.
A reportagem do G1 foi enviada a Cannes para acompanhar o evento. Confira abaixo notícias e fotos do festival.


Evento começa na quarta-feira (13).
Animação da Pixar abre mostra.


Segue a lista oficial dos filmes que disputam a 62ª edição do Festival de Cannes, a partir desta quarta-feira (13) e até o dia 24 de maio na Riviera Francesa.
O filme "À deriva", novo longa-metragem do cineasta brasileiro Heitor Dhalia, foi selecionado na série "Un certain regard" (Um certo olhar, na tradução livre), que faz parte da seleção oficial do Festival de Cannes.
Filme de Abertura: "Up" de Peter Docter (fora de competição)
Filme de encerramento: "Coco Chanel et Igor Stravinsky" de Jan Kounen (fora de competição)

Seleção oficial dos filmes que concorrem à Palma de Ouro
-- "Los abrazos rotos" de Pedro Almodovar (Espanha)
-- "Fish tank" de Andrea Arnold (Inglaterra)
-- "Un prophete" de Jacques Audiard (França)
-- "Vincere" de Marco Bellocchio (Itália)
-- "Bright Star" de Jane Campion (Nova Zelândia)
-- "Map of the sounds of Tokyo" de Isabel Coixet (Espanha)
-- "A l'Origine" de Xavier Giannoli (França)
-- "Das Weisse Band" de Michael Haneke (Alemanha)
-- "Taking Woodstock" de Ang Lee (Taiwan-EUA)
-- "Looking for Eric" de Ken Loach (Inglaterra)
-- "Spring fever" de Lou Ye (China)
-- "Kinatay" de Brillante Mendoza (Filipinas)
-- "Soudain le vide" de Gaspar Noe (França)
-- "Bak-Jwi" de Park Chan-wook (Coreia do Sul)
-- "Les Herbes Folles" de Alain Resnais (França)
-- "The time that remains" de Elia Suleiman (Palestina)
-- "Inglourious basterds" de Quentin Tarantino (EUA)
-- "Vengeance" de Johnnie To (Hong Kong)
-- "Visages" de Tsai Ming-Liang (Malásia)
-- "Antichrist" de Lars von Trier (Dinamarca)

Fora de competição
-- "The Imaginarium of Doctor Parnassus" de Terry Gilliam (EUA)
-- "Agora" de Alejandro Amenabar (Espanha)
-- "L'Armee du Crime" de Robert Guediguian (França)

Sessões da meia-noite
- "A town called panic" de Stéphane Aubier e Vincent Patar (Bélgica)
- "Drag me to hell" de Sam Raimi (EUA)
- "Ne te retourne pas" de Marina de Van (França)

Sessões especiais

- "My neighbor, my killer" de Anne Aghion (França)
- "Manila" de Adolfo Alix Jr e Raya Martin (Filipinas)
- "Min ye" de Souleymane Cisse (Mali)
- "L'épine dans le coeur" de Michel Gondry (França)
- "Petition" de Zhao Liang (China)
- "Kalat Hayam" de Keren Yedaya (Israel)
Indicados do "Un certain regard"
- "Mother" de Bong Joon Ho (Coreia do Sul)
- "Irène" de Alain Cavalier (França)
- "Precious" de Lee Daniels (EUA)
- "Demain dès l'aube" de Denis Dercourt (França)
- "À deriva" de Heitor Dhalia (Brasil)
- "Kasi az gorbehaye irani khabar nadareh" de Bahman Ghobadi (Irã)
- "Los viajes del viento" de Ciro Guerra (Colômbia)
- "Le père de mes enfants" de Mia Hansen-Love (França)
- "Amintiri din epoca de aur" de Hanno H¶fer, Razvan Marculescu, Cristian Mungiu, Constantin Popescu e Ioana Uricaru (Romênia)
- "Skazka pro temnotu" de Nikolay Khomeriki (Rússia)
- "Dogtooth" de Yorgos Lanthimos (Grécia)
- "Tzar" de Pavel Lunguin (Rússia)
- "Independencia" de Raya Martin (Filipinas)
- "Politist, adjectiv" de Corneliu Porumboiu (Romênia)
- "Nang mai" de Pen-Ek Ratanaruang (Tailândia)
- "Morrer como um homem" de Joao Pedro Rodrigues (Portugal)
- "Eyes wide open" de Haim Tabakman (Israel)
- "Samson and Delilah" de Warwick Thornton (Austrália)
- "The silent army" de Jean Van de Velde (Holanda)
- "Air Doll" de Hirokazu Kore-Eda (Japão)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Atriz brasileira faz teste para participar do novo filme de Woody Allen


Monique Alfradique, conhecida por seus papeis em novelas da Globo, contou em seu blog que os produtores do novo filme de Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona) vieram ao Brasil para fazer um teste com ela.

"Uma equipe veio ao Brasil fazer o teste comigo e fiquei muito feliz só em poder participar desse teste. Foi uma honra, já me sinto vitoriosa", escreveu.

Freida Pinto (Quem Quer ser um Milionário), Antonio Banderas (The Other Man), Nicole Kidman (Austrália), Josh Brolin (Milk - A Voz da Igualdade) e Anthony Hopkins (Hannibal) estão na lista de confirmados do longa. Como já de costume, Allen não divulgou o título e nem a história do filme, que será financiado pela Mediapro, produtora e distribuidora espanhola, também responsável por Vicky Cristina Barcelona (2008).

As filmagens devem começar no meio de maio em Londres.

domingo, 10 de maio de 2009

Um Ato de Liberdade (Defiance)


A polêmica sentença “Baseado em fatos reais” ataca de novo. Na verdade, o que ataca novamente é a compreensão errada dela. Baseado em fatos reais não significa reprodução dos fatos reais. “Um Ato de Liberdade” conta a história de um grupo de judeus, liderados por Tuvia Bielski, que conseguiram sobreviver na floresta durante a ocupação nazista da Polônia. Na verdade, depois do grupo conseguir se salvar, operaram também como aliados do exército soviético na repressão ao povo polonês que aconteceu até 1946. O que acontece em “Um Ato de Liberdade” é uma glorificação de Tuvia Bielski ao ponto de ser considerado um segundo Moisés. Cinema não é livro de história, mas é preciso ter certo cuidado ao se adaptar apenas parte de um todo. Mas, como cinema, falando de linguagem audiovisual e afins, “Um Ato de Liberdade” erra pouco. Com um trabalho excelente de Daniel Craig (apesar de ter sempre a mesma expressão em todos os filmes que faz) e um trabalho competente em se tornar dinâmico em um cenário monótono, “Um Ato de Liberdade” só peca por querer reescrever a História.
O grupo começa apenas com Tuvia (Craig) e seus irmãos Zus, Asael e Aron. Eles conseguiram escapar do massacre promovido pela polícia local a mando dos alemães nazistas, e se infiltraram em uma floresta em busca de segurança. Lá, acabam encontrando outros judeus fugidos, e o grupo vai crescendo. Ao mesmo tempo, Tuvia vai se tornando o líder daquelas pessoas e, logo, torna-se uma figura quase mística. Enquanto isso, eles pegam em armas para conseguir comida e vários conflitos internos acontecem, e a saúde de Tuvia vai se deteriorando. O grupo se alia a uma brigada do exército soviético, já que tem um inimigo em comum, as brigas de interesses aumentam mais ainda quando Zus e Tuvia divergem sobre a condução dos judeus e se separam.
O cinema está cheio de filmes sobre o Holocausto e suas conseqüências, mas pelo menos “Um Ato de Liberdade” lança luz sobre um grupo de sobreviventes que até hoje não foi retratado. Pena que tenha sido mostrado apenas o lado mais fácil de gerar identificação com o público, ao invés de fazer o serviço completo e resgatar a história toda.

Um Ato de Liberdade (Defiance, 2008), 137 min.
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Edward Zwick, Clayton Frohman (roteiro), Nechama Tec (livro)
Com: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell, George MacKay, Alexa Davalos, Mia Wasikowska, Mark Feuerstein, Mark Margolis, Tomas Arana, Jacek Koman

sábado, 9 de maio de 2009

"Diário de Bollywood" aborda as principais características do cinema indiano


O livro é fruto de uma reportagem especial de vinte dias


Misto de diário de campo e grande reportagem, o recém lançado livro “Diário de Bollywood”, de Franthiesco Ballerini, aborda as principais características do cinema indiano. Anualmente, são produzidos mil filmes e vendidos mais de três bilhões de ingressos, para salas em que chegam a caber até três mil pessoas, na Índia.

Fruto de uma reportagem especial de vinte dias com visitas a estúdios, sets de filmagem, escolas e casas de atores e diretores em Mumbai, sua obra desvenda o funcionamento de Bollywood, mostrando por que ela é a maior produtora de filmes do mundo.

CAMINHO DAS ÍNDIAS


Após mergulhar no universo indiano por vinte dias, o autor apresenta uma reflexão sobre o modo de produção, o estilo de atuação e a influência da TV e da pirataria nos novos rumos do cinema. Ballerini também traça um paralelo inédito entre o cinema indiano e as produções de Hollywood e da América Latina.

“A temática [indiana] não agrada muito o mundo ocidental, por ser muito repetitiva, sempre com conotação emotiva, envolvendo mocinhos e mocinhas”, diz o autor. No entanto, segundo Ballerini, os indianos não se preocupam com a avaliação estrangeira.

“Por outro lado, poderíamos ensinar a eles a liberdade de expressão, ou seja, como abordar qualquer assunto nas telas sem medo de censura, bem como a capacidade que temos de criar roteiros muito mais criativos e diversos”, diz.

“É muito comum que se ouçam em países da América Latina, por exemplo, comentários sobre os clichês, a pobreza temática e até brincadeiras pejorativas envolvendo o nome Bollywood”, conta.

E continua: “Nem os profissionais de Hollywood pensam mais dessa maneira. A prova disso é que eles estão investindo fortemente em coproduções Estados Unidos-Índia, instalando escritórios em Mumbai e levando grande quantidade de roteiristas, diretores e produtores para explorar o local e trabalhar in loco”.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

"Star Trek" se prepara para percorrer nova galáxia comercial



"Star Trek" chega aos cinemas cercado de uma expectativa enorme, mas as possibilidades de o filme baseado numa franquia que já existe há 43 anos conquistar novos fãs e bilheterias grandes divide as opiniões dos observadores do cinema.

A Paramount Pictures, pertencente à gigante da mídia Viacom, esforçou-se para encontrar o ponto de equilíbrio correto entre acrescentar novos atores e histórias, de modo a atrair o público masculino jovem, e conservar os personagens antigos adorados pelos "trekkies", os fãs da saga espacial que começou em 1966 com o seriado de TV "Jornada nas Estrelas".

Em consequência, as estimativas quanto à bilheteria percorrem vários caminhos, assim como faz a nave espacial Enterprise, que passeia pelo universo levando o capitão James T. Kirk e seus colegas de tripulação -- Spock, Scotty e o Dr. "Bones" McCoy -- em aventuras distantes.

"Está claro que o filme será muito popular, mas é difícil palpitar quão popular", disse Brandon Gray, presidente da Box Office Mojo, firma que rastreia bilheterias.

Paul Dergarabedian, da Hollywood.com Box Office, disse que "Star Trek" possui elementos para atrair um público amplo e pode arrecadar entre 80 e 100 milhões de dólares em seu fim de semana de estreia.

Mas fontes do estúdio responsável pelo filme, que custou 130 milhões de dólares, vêm procurando moderar as expectativas, dizendo que "Star Trek" retoma uma franquia envelhecida e prepara o palco para filmes futuros e mais bem sucedidos. Já houve dez filmes "Star Trek" anteriores.

Uma fonte da Paramount disse que as pesquisas antecipadas indicam que o fim de semana inicial deve render um pouco mais de 50 milhões de dólares. O estúdio já consideraria esse valor um sucesso.

A Paramount disse que, para agradar ao público jovem, gastou 30 milhões de dólares apenas em efeitos especiais.

O estúdio contratou o diretor J.J. Abrams, responsável pelo explosivo e repleto de efeitos "Missão Impossível 3" e pelos seriados de sucesso "Lost" e "Fringe".

A trama de "Star Trek" envolve os personagens do seriado original quando jovens, antes do período mostrado no seriado. Abrams contratou principalmente atores jovens para os papéis principais, incluindo Chris Pine como capitão Kirk, Zachary Quinto como Spock e Zoe Saldana para representar Nyota Uhura.

"Star Trek" vem recebendo resenhas positivas. No site Rottentomatoes, que agrega críticas de cinema, seu percentual de aprovação foi de 93 por cento.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Documentário mostra a história da banda Ratos de Porão


www.cineclick.com.br

Na noite desta segunda-feira (4/5), fãs, amigos e músicos reuniram-se no Cine Olido, cinema no Centro da cidade de São Paulo, para a primeira exibição de Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão, documentário que conta a história da banda de punk rock paulistana Ratos de Porão. O cenário não poderia ser mais apropriado, já que o cinema fica entre a lendária Galeria do Rock e a avenida São João, onde os punks se reuniam no início dos anos 80 - também pela proximidade com a galeria -, momento que dá início à narrativa do documentário, local que serviu de berço a uma das mais seminais e importantes bandas do rock’n roll nacional.

Guidable, palavra que dá nome ao documentário, é um "termo criado pelos integrantes da banda para definir confusão mental, bagunça generalizada ou simplesmente um ‘sei lá’", conforme explicam os próprios realizadores do longa-metragem, os estreantes Fernando Rick e Marcelo Appezzato. Essa confusão mental relacionada à palavra é a mesma que acompanha a trajetória da banda, nascida em novembro de 1981. Em duas horas, o documentário mostra - por meio de depoimentos dos membros atuais e os que já estiveram no Ratos de Porão, além de músicos de outras bandas da cena brasileira, e, claro, imagens de arquivo - a história do grupo.

O projeto nasceu em 2006, quando Marcelo Appezzato - vocalista da banda paulistana Hutt, uma das mais importantes do grindcore brasileiro - e o cineasta Fernando Rick juntaram-se nesse projeto depois de Rick ter dirigido o polêmico videoclipe
Covardia de Plantão, censurado pela gravadora Deck Disc por seu conteúdo violento, mas reconhecido pela mídia, fãs e a própria banda. O videoclipe foi censurado, mas o documentário será lançado diretamente em DVD, depois de ser exibido ao público no sábado (9/5), às 15h, e segunda-feira (11/5), às 19h, no Cine Olido (Av. São João, 473), em São Paulo.

Aliás, a ideia de fazer o documentário partiu do próprio João Gordo, vocalista do grupo, que também foi produtor do longa. O que, no fim das contas, deu aos cineastas, também responsáveis pela montagem, acesso irrestrito às imagens de arquivo com apresentações ao vivo, fotos e imagens dos bastidores dos shows, envolvendo principalmente drogas. Aliás, esse assunto é tratado de uma forma que foge da hipocrisia. Nos depoimentos, os membros contam histórias engraçadas, mas também admitem os problemas que tiveram ao longo de quase trinta anos de carreira, principalmente com as drogas. A ideia, aliás, é focar-se estritamente na carreira da banda, seus discos, a evolução da sonoridade, os músicos que passaram por ela e algumas polêmicas. É fato que o Ratos ficou mais notório às massas, digamos, quando João Gordo foi contratado como apresentador da MTV. Mérito de seu carisma, reconhecido desde o princípio pelos membros do grupo, mas esse fato acaba sendo ignorado pelos cineastas diante de tantos fatos mais marcantes para a carreira da banda, como as turnês internacionais, o forte diálogo com outras bandas brasileiras e as drogas.

O movimento punk brasileiro nasceu sob influências de Ramones, Sex Pistols e da filosofia "faça você mesmo", a mesma abraçada pelos músicos do Ratos de Porão e também pelos diretores de Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão. Para registrar quase três décadas de carreira, a dupla entrevistou entre janeiro de 2007 e novembro de 2008, de forma totalmente independente, os precursores do movimento punk no Brasil; pesquisou centenas de arquivos em foto, áudio e vídeo de shows e apresentações em emissoras de TV, filmes nacionais sobre o assunto, arquivos pessoais raros e inéditos dos integrantes atuais e antigos da banda e de todas as pessoas que, de alguma forma, participaram dessa trajetória, como Andreas Kisser e Iggor Cavalera.

Os membros do Ratos de Porão dão acesso privilegiado aos cineastas, tanto aos seus arquivos quanto ás suas narrativas. São depoimentos gravados numa intimidade rara entre entrevistado e entrevistador, o que dá o tom a Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão. Ao mesmo tempo, existe um exímio trabalho de decupagem do material disponível - além das centenas de arquivos, os diretores também tinham nas mãos 200 horas de entrevistas -, resultando num retrato rico, de narrativa dinâmica e clara, da carreira da banda.