quinta-feira, 30 de abril de 2009

Continuação de "O Código Da Vinci", "O Símbolo Perdido" deve virar filme


O ator Tom Hanks em cena de "Anjos e Demônios", como o professor Robert Langdon
Apenas um dia depois do anúncio oficial do lançamento da continuação do "bestseller" do escritor americano Dan Brown, "O Código Da Vinci", Hollywood já expressou seu interesse em adaptar o novo romance para o cinema.

Os estúdios da Columbia, filial da Sony, já contam com os direitos de adaptação de "O Símbolo Perdido", informa o jornal Variety. A segunda parte de "O Código Da Vinci" será publicada em setembro, segundo anunciou a editora Knopf Doubleday Publishing Group em seu site.

"O Símbolo Perdido", numa tradução livre, dá continuidade às aventuras do principal personagem, Robert Langdon, e será lançado com cinco milhões de exemplares no dia 15 de setembro.

"Será um grande dia para leitores e livreiros", disse Sonny Mehta, presidente da editora. "O Código Da Vinci" foi o "bestseller" mais vendido da história, com 81 milhões de cópias impressas em todo o mundo. A obra foi muito criticada pelo Vaticano.

Em 2006, a história foi levada aos cinemas com direção de Ron Howard e arrecadou mais de 750 milhões de dólares nas bilheterias mundiais. Tom Hanks viveu o papel de Robert Langdon. Em maio deste ano chega aos cinemas do mundo todo "Anjos e Demônios", em que Hanks retoma seu personagem também sob direção de Howard.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ESTRÉIA TRANSFORMERS


Transformers, uma grande brincadeira para a geração 80
Qual garoto que cresceu querendo ser He-Man não adorava o BumbleBee, Megatron e Optimus Prime?


Coisa de criança. Ou de quem foi criança nos anos 80. Quem não se enquadra nessas categorias pode achar de Transformers o que de fato ele é: uma grande brincadeira. De bom ou de mau gosto, o fato é que, para a nostálgica geração 80, o filme é um prato cheio. Afinal, qual garoto que cresceu querendo ter a força do He-Man e a visão além do alcance de Lion dos Thundercats também não adorava o BumbleBee, Megatron e Optimus Prime? Quem?

BumbleBee não passa de um carrinho amarelo que vira robô Ou um robô que vira carrinho? Mas diga isso a um dos fãs da série e sofrerá as conseqüências. Optimus Prime é o líder dos Autobots, a facção dos Transformers que luta para salvar o universo do ímpeto mperialista de Megatron, líder dos decepticons, a ala que, depois de provocar uma guerra no planeta Cybertron, pôs em risco a fonte de toda energia dos Transformers. Megatron quer transformar as máquinas da Terra em soldados de sua luta. Um líder em busca de energia, riqueza e poder que sacrifica outros povos para manter seu império? Qualquer semelhança com a geopolítica humana não é mera coincidência.

A série Transformers tinha tudo para dar errado. Quem ia querer ver um bando de maquininhas de brinquedo ganhar vida num desenho animado? Milhões de crianças. Do Japão (onde nasceram) aos EUA (onde viraram fenômeno) e Brasil (onde foram lançados pela Estrela e exibidos pela Globo), Transformers virou febre. O tempo passou. Os robôs se modernizaram. As crianças cresceram. Não por acaso o roteirista do filme, Tom DeSanto, coleciona gibis dos Transformers e tem 35 mil exemplares. Menos acaso ainda é que Spielberg tenha investido no projeto. Como se vê, não passa de brincadeira. Ou não.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Michael Keaton estreia como diretor em drama independente

Depois de trabalhar como ator por mais de 30 anos, Michael Keaton faz sua estreia como diretor de um longa-metragem esta semana com o drama independente sombrio "The Merry Gentleman".

Michael Keaton posa ao lado do poster de seu primeiro filme como diretor, "Merry Gentleman"

Conhecido principalmente por seus papéis em filmes como "Batman" e "Os Fantasmas se Divertem", Keaton disse que, apesar de muitas ofertas para dirigir recebidas ao longo dos anos, até agora ele não se sentia preparado para dirigir um longa e encarar a carga de trabalho que isso implica.

"É uma carga de trabalho enorme. Mas gosto do trabalho, eu curto isso", disse Keaton à Reuters em entrevista. "The Merry Gentleman" estreia nos cinemas norte-americanos na sexta (30).

"Da próxima vez, acho que eu me darei ao luxo de um pouco mais tempo e, se possível, mais dinheiro. Eu gostaria de fazer isso de novo."

Depois de concordar em dirigir e protagonizar "The Merry Gentleman", em que representa um assassino suicida que fica amigo de uma mulher que está fugindo de um casamento problemático, Keaton contou que não houve mais como voltar atrás.

"Isso acabou se revelando uma bênção disfarçada. Não tivemos o luxo de ficar fazendo objeções às coisas ou refletir muito sobre elas. Tínhamos que ir em frente, simplesmente."

O filme foi rodado em 25 dias e quase não teve tempo de pré-produção, contou Keaton, que já tinha dirigido um curta e um documentário pequeno.

"Além de esdrúxulo e incomum, o filme é realmente enxuto e simples", afirmou. "Eu quis que fosse despretensioso, sobre pessoas reais nesse capítulo realmente incomum de suas vidas."

"The Merry Gentleman" fez sua estréia em janeiro de 2008 em Sundance, o maior festival de cinema independente dos EUA, e em novembro foi comprado pela Samuel Goldwyn Films. As resenhas do filme em Sundance foram positivas.

"Resumindo: um thriller complexo e não convencional, dirigido com maestria por Michael Keaton", foi a opinião do The Hollywood Reporter, enquanto o Variety disse que a estreia de Keaton revela "potencial genuíno por trás das câmeras".

Para o jornal, o filme é "um ótimo cartão de visitas para as novas aspirações profissionais do ator veterano."

Michael Keaton diz que seu próximo papel de ator será num drama ainda sem título, mas acrescentou que gostaria muito de encontrar um papel cômico bom.

"Me ofereceram alguns nos últimos dois anos, mas não foram coisas que me instigaram", disso. "Sinto falta de fazer comédias. É tão divertido!"

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Terra: documentário da Disney tem estreia antecipada no Dia da Terra


O longa-metragem mostra três famílias de animais - ursos-polares, baleias-jubarte e elefantes - em sua jornada diária. Ele é uma boa sugestão para falar com as crianças sobre a preservação do planeta

Uma família de ursos-polares, uma baleia-jubarte e seu filhote recém-nascido, um pequeno elefante e sua mãe atravessando as savanas africanas. Esses são os principais personagens do documentário Terra, o primeiro que a Disney lança pelo selo Disneynature. A estreia oficial é na sexta (24), mas a partir desta quarta (22) - o Dia da Terra - você já pode encontrá-lo em algumas salas de cinema (consulte a programação de sua cidade).

O documentário tem quase duas horas de duração e, por isso, pode ser um pouco cansativo para as crianças mais novas (mas nada que uma voltinha fora do cinema não ajude). No entanto, se os seus filhos são fãs de longas-metragens com animais e já conseguem assistir a vídeos mais longos, levá-los ao cinema pode ser um bom programa.

Terra começa com a mãe ursa escorregando pela neve, saindo da toca onde ficou durante todo o inverno. Ela está acompanhada de seus filhotes, que estão vendo as terras geladas do Ártico pela primeira vez e aprendendo a se movimentar pelo gelo que derrete aos seus pés. Em outra cena, o pequeno elefante se esforça, de uma maneira ainda desajeitada, a acompanhar sua mãe em uma jornada pelo Deserto do Kalahari, na África, em busca de água. Além desses personagens principais, a criançada ainda vai conhecer uma espécie bem diferente de pássaro que habita as florestas de Papua Nova Guiné, vão ver macacos mudando de região após uma enchente, pássaros tentando atravessar o Himalaia...

Além de entreter, o filme também é uma boa maneira de explicar para os filhos sobre a cadeia alimentar e a importância de preservar a natureza. Enquanto vocês conhecem os curiosos hábitos dos animais, o narrador explica sobre o aquecimento global e os efeitos devastadores que a mudança de temperatura está provocando na natureza.

Espectadores ganham árvores


Em homenagem aos primeiros que já compraram ingressos para o filme nos Estados Unidos, a Disney vai plantar árvores. Ao todo, 500 mil mudas vão ocupar a Mata Atlântica - área escolhida por ambientalistas como uma das mais ameaçadas do mundo.


domingo, 26 de abril de 2009

O PRESSÁGIO


Nicolas Cage já foi um de meus atores preferidos. Já foi. Isso porque ultimamente o cara não dá uma dentro e seus projetos estão descendo a ladeira em um ritmo frenético, tendo ele atuações fracas que ajudam e muito para esse processo.
Mas sempre que surge um lançamento do qual o ator faz parte, surge a esperança dele voltar aos velhos tempos. E esse pode ser o caso de Presságio, seu novo filme, que teve seu novo pôster divulgado (veja acima).
Na trama, que se inicia em 1958, temos um grupo de crianças que, em uma cerimônia estudantil, colocam fotos e pensamentos dentro de uma cápsula do tempo. Só que dentre os infantes, temos uma garota misteriosa que ouve vozes e que preenche sua folha com várias filas de números. 50 anos depois, um novo grupo de alunas analisa o conteúdo da cápsula e a folha da menina cai nas mãos de Caleb Myles (Chandler Canterbury), filho de Ted Myles (Cage). Ao mostra-la ao pai, este percebe que ali estão previsões de catástrofes ocorridas nos últimos 50 anos e que ainda há 3 delas por acontecer. Junto de Diana Whelan (Rose Byrne), filha da menina que a enviou, Ted tentará então evitar que elas ocorram. Abaixo vai o trailer:

A história é boa, bons efeitos especiais não faltam, mas como disse, se tratando de Nicolas Cage e sua atual fase, os dois pés atrás ainda são pouco.
Presságio tem ainda no elenco Ben Mendelsohn e Terry Camilleri. A direção é de Alex Proyas.


sábado, 25 de abril de 2009

Atriz Pornô Faz Filme de Arte


Sasha Grey, atriz ponrô, estrelou
novo filme de Soderbergh
.
Atriz pornô fala sobre seu novo trabalho com Steven Soderbergh

Caro leitor, você precisa conhecer Sasha Grey, a garota que cresceu em North Highlands, bairro classe média de Sacramento, capital da Califórnia, leste dos Estados Unidos. "Ousada" é uma palavra justa para defini-la. Em uma indústria pornô que lança cerca de 13 mil DVDs por ano, ela é uma personagem ímpar. Não por causa de sua beleza estonteante - 1,71 metro, peso não revelado -, mas pela falta de, digamos, limite nos tipos de filme que ela estrela. Nas próprias palavras de Sasha, que conversou com exclusividade com o Cineclick, "faço coisas impublicáveis". Estudou teatro na adolescência, participou de projetos independentes e resolveu entrar na indústria adulta em outubro de 2005, aos 17 anos. Teve de esperar até maio do ano seguinte.

As atitudes e ideias da garota de 21 anos não podem ser enquadradas no padrão "atriz pornô com nada na cabeça". Aos 15 anos ela descobriu Antonioni, Herzog, Lars von Trier e Godard - tanto que seu primeiro nome artístico foi Anna Karina. Lê Burroughs, Hunter Tompson e ouve Joy Division e Smashing Pumpkins, para o qual participou do videoclipe Superchrist.

Após criar polêmica ao topar tudo, exceto escatologia, na indústria pornô, Sasha dá um passo coerente com sua filosofia de vida: desafiar o status quo. A atriz é simplesmente a protagonista de The Girlfriend Experience, o novo longa de Steven Soderbergh (Che). No filme, ela interpreta Chelsea, uma prostitua de luxo que não cobra menos de US$ 10 mil por programa. O título do filme remete a um tipo de programa cujos clientes buscam afeto, ternura e não apenas uma noite de sexo.

Por e-mail, Sasha Grey contou ao Cineclick sobre a experiência de ser dirigida por Soderbergh, seus objetivos de vida e a diferença entre atuar em um filme "adulto" e um "convencional".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Revista lista os atores de Hollywood que 'mais morreram' em filmes

Robert De Niro lidera ranking com 14 mortes no currículo.
Will Smith e Harrison Ford saem ‘ilesos’, com duas mortes cada.



O ator Robert De Niro

A revista “Premiere” compilou uma lista com os atores de filmes de ação de Hollywood que mais morreram em cena. Liderando o número de personagens que passaram desta para melhor está Robert De Niro, com 14 mortes em diferentes filmes, três a mais que o segundo colocado Bruce Willis.

O terceiro lugar fica com Johnny Depp, com “nove mortes e meia” – a “meia morte” é contabilizada pela volta à vida do personagem, da franquia “Piratas do Caribe”. Empatados em quarto lugar, com nove mortes cada, estão Christian Bale, Brad Pitt, Jack Nicholson e Al Pacino.

No final do ranking ficam atores que pouco interpretaram personagens que perderam a vida nas telas, caso de Will Smith, Harrison Ford (ambos com duas mortes) e Mel Gibson, falecido três vezes. Confira abaixo a lista completa:

Atores de Hollywood que mais morreram em filmes

1 – Robert De Niro (14 mortes)
2 – Bruce Willis (11)
3 – Johnny Depp (9 ½)
4 – Brad Pitt (9)
Al Pacino (9)
Jack Nicholson (9)
Dustin Hoffman (9)
Christian Bale (9)
9 – Denzel Washington (7)
10 – George Clooney (5)
Robert Downey Jr. (5)
12 – Tom Cruise (4)
13 – Mel Gibson (3)
14 – Harrison Ford (2)
Will Smith (2)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lula, O Filho do Brasil



Divulgado o trailer de Lula, O Filho do Brasil


Da Redação www.cineclick.com.br O filme Lula, O Filho do Brasil só estreia em setembro, mas a curiosidade em saber como será a cinebiografia do atual Presidente da República é grande. Foi divulgado o primeiro trailer, ainda não se sabe se é definitivo ou não, mas já podemos ver um pouco da trajetória e, também, que tipo de abordagem o diretor Fábio Barreto (Grupo Corpo 30 Anos - Uma Família Brasileira) adotou.

O filme mostrará da infância de Luiz Inácio Lula da Silva (interpretado pelo estreante Rui Ricardo Dias) até a morte de sua mãe, Eurícide Ferreira de Mello (conhecida como Dona Lindu), enquanto ele estava preso após ser acusado de liderar greves ilegais no ABC, São Paulo.

Ainda fazem parte do elenco Milhem Cortaz (Encarnação do Demônio), que interpretará o pai de Lula. Cléo Pires (Meu Nome Não é Johnny) viverá Maria de Lurdes, primeira esposa do presidente.

A cinebiografia é roteirizada por Denise Paraná, antiga assessora de Lula e escritora da biografia Lula, Filho do Brasil. O longa tem orçamento estimado em R$ 12 milhões.

terça-feira, 21 de abril de 2009

ESTREIA NACIONAL


Talento de Lília Cabral sustenta interesse em "Divã"

SÃO PAULO - Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher madura. Casada, mãe de dois filhos, dá aulas particulares de matemática, mas sua vocação é mesmo ser pintora -- ao menos é o que ela pensa. A vida vai bem, mas sua insistência em fazer análise resulta no longa "Divã", que estreia em circuito nacional, baseado na peça de teatro homônima.

Cauã Reymond e Lília Cabral atuam juntos em "Divã", inspirado em peça de sucesso

Muito ajuda o fato de Mercedes, tanto no teatro, quando no cinema, ser vivida por Lília Cabral -- mais conhecida por seus trabalhos na tevê, como na recente novela "A Favorita", no qual interpretou Catharina, uma mulher que apanhava do marido. Logo nas primeiras cenas, a atriz ganha a simpatia e confiança do público com seu sorriso fácil e sincero. Ainda assim, o filme parece não estar à altura da intérprete.
"Divã" é dirigido por José Alvarenga Jr (da série e do filme "Os Normais") a partir do roteiro de Marcelo Saback, que também assina a peça, baseada num livro de Martha Medeiros. Porém, há pouco de cinema na tela. O filme mais parece um episódio alongado de uma sitcom -- em que toda cena precisa terminar com uma piadinha, muitas delas sem qualquer graça ou real necessidade.
"Divã" parte do princípio que todas as pessoas tem uma vida interior interessante. Assim, por mais comum que Mercedes possa parecer, há algo dentro dela que vale a pena ser compartilhado com o público. Ela é uma daquelas mulheres que sempre se colocou em segundo plano em favor do marido (José Mayer) e dos filhos, e só agora percebe que desperdiçou sua vida.
Planejando não perder mais tempo, acaba arrumando um amante mais jovem (Reynaldo Gianecchini, de "Entre Lençóis"), e vive seus melhores momentos, descobrindo prazeres novos, como sexo sem compromisso, e até ilícitos, como a maconha. Curiosamente, ao longo do filme, o processo de autodescoberta sempre envolve um homem mais novo -- além de Gianecchini, ela também tem um caso com o personagem de Cauã Reymond (de "Falsa Loura"). O entusiasmo das novidades, porém, dura pouco. Custa à personagem perceber que só estará bem com o mundo quando estiver bem consigo mesma.
Há também a melhor amiga Mônica (Alexandra Richter), sempre insegura em relação ao marido e excessivamente ciumenta, cujo destino irá afetar profundamente a forma como Mercedes encara a vida.

Tudo isso é contado ao seu analista, que nunca aparece em cena. É como se o público fosse essa pessoa que ouve as aventuras e desventuras de Mercedes. A origem teatral e sua trama fazem lembrar o filme "Shirley Valentine" (1989), que contava também uma história feminista de autodescoberta -- mas neste a protagonista (Pauline Collins) falava diretamente ao público.

SINOPSE

Casada e mãe de dois filhos, Mercedes decide, mesmo sem saber bem o porquê, procurar um psicanalista. O que antes era apenas uma curiosidade se transforma em uma experiência devastadora, que provoca uma série de mudanças em sua vida. No divã, Mercedes questiona o seu casamento, a realização profissional e seu poder de sedução. Baseada na peça de teatro de mesmo nome.


FICHA DO FILME

* Título original: Divã
* Diretor: José Alvarenga Jr.
* Elenco: Lília Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Reynando Gianecchini, Cauã Reymond, Paulo Gustavo, Elias Gleizer
* Gênero: Comédia Dramática
* Duração: 93 min
* Ano: 2009
* Data da Estréia: 17/04/2009
* Cor: Colorido
* Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
* País: Brasil

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Autor de "Crash" e "O Império do Sol", J.G. Ballard morre aos 78 anos

LONDRES (Reuters) - O autor britânico J.G. Ballard, cujo aprisionamento na infância durante a guerra em Xangai virou um sucesso de Hollywood, morreu neste domingo, segundo informou sua agente. Ele tinha 78 anos.


Ballard, que sofria de câncer de próstata, morreu em casa, afirmou a agente Margaret Hanbury em comunicado.

"J.G. Ballard foi um gigante do mundo literário por mais de 50 anos", disse ela. "Sua observação aguda e visionária da vida contemporânea foi aproveitada em uma série de romances brilhantes e poderosos, que foram publicados em todo ob mundo."

Ele é mais conhecido pelo livro "O Império do Sol". A novela foi baseada em sua infância vivida na China e no subseqüente internamento em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, após a invasão japonesa.

O diretor Steven Spielberg adaptou o livro para o cinema e recebeu seis indicações para o Oscar. Mais tarde, Ballard escreveria em suas memórias que suas experiências na infância, muitas vezes brutais, modelaram toda sua obra posterior.

"De muitas maneiras toda minha ficção consiste em dissecar a profunda patologia que eu testemunhei em Xangai e, mais tarde, no mundo pós-guerra", escreveu.

Em sua carreira que durou mais de meio século, ele escreveu muitos livros de ficção científica, incluindo "The Drowned World" e "Cocaine Nights."

Uma de suas obras mais controversas é "Crash," um livro sobre pessoas que se atraem sexualmente por acidentes de carro. Ele foi transformado mais tarde em um filme, dirigido por David Cronenberg

domingo, 19 de abril de 2009

IDENTIDADES SECRETAS E SUPER HERÓIS

O MELHOR SUPERMAN

Não há como negar que CHRISTOPHER REEVE se encaixa perfeitamente no papel de um herói que é a nobreza e a bondade encarnada e quando ele está diante de um vilão homicida sabe ficar nervoso na medida certa, na idade perfeita, ele pode ser um galã e um ferrenho protetor da humanidade, não é só um rostinho bonito, ele é esperto , pacifico e forte

O MELHOR CLARK KENT

Aquela analise do superman que vemos em KILL BILL VOLUME 2 é desconcertante, TOM WELLING encarnou o único Clark kent que não se preocupa em ficar bancando o paspalhão na frente das pessoas, isso porque seu Clark veio antes do superman, tal como deve ser, sem óculos e sem trejeitos estabanados ele não é uma caricatura de ser humano ou o modo como ele vê as pessoas, fracas e estúpidas, não, ele cresceu entre nós, é assim que deveria ser um Clark kent, mesmo que tenha levantado muitas suspeitas sobre si mesmo durante a serie

O MELHOR BATMAN

Sim , é CHRISTIAN BALE debaixo do uniforme, musculoso e com uma armadura longe de ser carnavalesca como a dos anos 1990, ele é jovem e habilidoso em seus movimentos, sabe lutar artes marciais e seus acessórios são mais realistas do que os dos antigos bátimas e o melhor: não há mamilos na armadura

O MELHOR BRUCE WAYNE

Fisicamente eu teria que dizer "George clooney' mas ele é muito sorridente, Bruce perdeu os pais de maneira trágica quando era menino, praticamente os viu morrer , criou o bátima para ser seu instrumento de vingança quando cresceu, enquanto todos os outros atores se divertem bancando os playboys cheios da grana e de acompanhantes siliconizadas MICHAEL KEATON se senta no escuro da mansão ,sozinho ,com seus pensamentos, isso é Bruce Wayne, ele não esquece o assassinato dos pais um minuto e nem sua missão noturna, trauma de infância bem apresentado

O MELHOR HOMEM ARANHA

Esqueça o aranha digital dos filmes atuais, em determinados momentos ele se parece com um boneco de borracha, não parece que tem uma pessoa dentro do uniforme, mas o homem aranha do desenho animado dos anos 1990 era perfeito, tal qual o desenho dos x-men da mesma época, na animação o aranha falava sozinho o tempo todo, narrando a história , falando de seus planos e sentimentos, conversando com a gente e seu sentido de aranha era demonstrado por pinturas caóticas ao redor de sua cabeça, elas piscavam e sumiam, davam uma boa ideia de sensação de perigo , nos filmes o sentido de aranha aconteceu apenas uma vez em 'o homem aranha 1' e foi usado um efeito matrix pra isso, ficou ridículo

O MELHOR PETER PARKER

Para que a gente se identifique com um herói é preciso que ele seja normal em alguma parte do tempo, desde que TOBEY MAGUIRE viveu Peter Parker no primeiro filme ele caiu nas graças de todos, até o momento em que ele sai de cena para dar espaço ao aranha, vida comum e problemas comuns quando o uniforme está guardado, foi uma ótima apresentação mas é uma pena que apesar de continuar interessante no segundo filme ; o terceiro fugiu a regra e foi feito para um herói e seus efeitos digitais, deixando o garoto com as piores partes do filme: as mais idiotas

O MELHOR HULK

Ele não é verde musgo e não tem cara de amiguinho, ele está sujo e nervoso, ele podia ter saído de um filme da saga do 'senhor dos anéis' com seu aspecto de ogro, não acreditei quando vi que todos os defeitos do primeiro filme haviam sido corrigidos, Hulk é fúria encarnada, ele não tem que ser bonzinho, é um anti herói, Hulk esmaga e que seu alter ego se preocupe com os estragos depois

O MELHOR BRUCE BANNER

Completando o filme está EDWARD NORTON, não é pra menos, o rapaz é fã do seriado de tv e deu muitas sugestões, o filme não apenas acompanha os gibis como também está amarrado ao seriado, tudo perfeito e agradável aos fãs, ERIC BANA era um cientista com sentimentos fortes, Norton já está mais do que de saco cheio do Hulk e quer matá-lo de uma vez, chega de ser bonzinho com o monstrengo, pena que ele não usa óculos no filme, marca registrada de Banner

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Cinema Que Educa



FILMES INFANTIS


BILHETERIA DE FILMES INFANTIS
1. Harry Potter e a Pedra Filosofal US$ 976 milhões
2. Harry Potter e a Ordem da Fênix US$ 924 milhões
3. Shrek 2 US$ 919 milhões
4. Harry Potter e o Cálice de Fogo US$ 896 milhões
5. Harry Potter e a Câmara Secreta US$ 879 milhões
6. Procurando Nemo US$ 864 milhões
7. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban US$ 795 milhões
8. E.T. - O Extraterrestre US$ 792 milhões
9. O Rei Leão US$ 783 milhões
10. Shrek Terceiro US$ 772 milhões
11. As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa US$ 744 milhões
12. A Era do Gelo 2 US$ 651 milhões
13. Os Incríveis US$ 631 milhões
14. Madagascar US$ 532 milhões
15. Monstros S.A. US$ 525 milhões

Apesar da produção de filmes infantis no Brasil ainda ser pequena, é notável o esforço dos realizadores. O mercado tem potencial, mas as crianças sabem o que querem, cobram dos pais e estão por dentro das novidades. Conscientes de que essa nova geração é extremamente bem-informada, exigente e tem acesso a meios e recursos que seus pais não tinham, os realizadores têm se empenhado em cada vez mais melhorar a qualidade das produções para a garotada. E o bom é que, paralelamente ao enxame de filmes que costumam ter apresentadoras de televisão, cantores e artistas como protagonistas, e quase sempre pouco têm a ensinar às crianças, tem surgido agradáveis alternativas como Menino Maluquinho - O Filme, que transpôs para o cinema o personagem criado, em 1980, pelo escritor e cartunista Ziraldo; Castelo Rá-Tim-Bum, O Filme, de Cao Hamburger, que ganhou vários prêmios, entre eles o de Melhor Filme Infantil pelo júri do Festival Internacional de Cinema Infantil de Chicago; Ilha Rá-Tim-Bum: O Martelo de Vulcano, de Eliana Fonseca; Os Xeretas, de Michael Ruman; Tainá - Uma Aventura na Amazônia, de Sérgio Bloch e Tânia Lamarca, vencedor de importantes prêmios nos festivais de Chicago, do Rio e de Miami. Filmes como os citados, além de outros, trazem temas interessantes, que despertam o interesse das crianças e a conscientização para a questão da preservação do meio ambiente, da importância da família e do convívio com os amigos.

Mesmo com as novas exigências das crianças e dos pais, não importa o tema, o ano ou as técnicas, o cinema será sempre prestigiado. Poucas coisas são tão divertidas quanto a sensação de estar em frente à tela imensa, as luzes sendo apagadas lentamente, o cheiro inconfundível da pipoca e as pessoas se ajeitando nas poltronas.

Aproveite, então, para conferir algumas dicas de filmes infantis, para serem apreciados em casa ou no cinema, por crianças e adultos. E chiu! A sessão já vai começar...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

"Equilibrista" narra feito de francês nas Torres Gêmeas


"Equilibrista" narra feito de Philippe Petit, que caminhou entre as torres do WTC numa corda

SÃO PAULO - Vencedor do Oscar de documentário de 2009, a co-produção anglo-americana "O Equilibrista", de James Marsh, reconstitui com grande riqueza de detalhes e em clima de suspense a incrível aventura do francês Philippe Petit, que há 35 anos andou sobre um fio de aço estendido entre as Torres Gêmeas, no World Trade Center, em Nova York.

A caminhada de 45 minutos, no dia 7 de agosto de 1974, aconteceu no mesmo local que acabou sendo palco dos atentados de 11 de Setembro de 2001. O filme estreia apenas em São Paulo.

A centenas de metros do chão, sem rede de proteção, Petit desafiou bem mais do que a lei da gravidade e a própria sorte. A preparação de sua aventura, aliás, foi totalmente clandestina, até porque era ilegal -- nenhuma autoridade do mundo a autorizaria, por óbvias razões de segurança.
Assim sendo, a façanha nas Torres Gêmeas, de longe a mais ousada da vida do equilibrista, exigiu uma logística digna de uma operação militar, com um toque de empreitada criminosa. Foi necessário que ele e seus amigos driblassem a segurança do megaprédio, ainda em construção nos anos 70, introduzindo ali dezenas de metros de cabos de aço e ferramentas que permitiriam a caminhada aérea de Petit.

O filme reconstitui os preparativos da ação, contando com depoimentos do próprio Petit e seus amigos, como Jean-Louis Blondeau e Jean-François Heckel e a namorada Annie Alix. Além disso, recorre-se a imagens filmadas em Super 8 e fotografias realizadas pela irrequieta trupe à época, muitas delas feitas quando Petit e um dos colegas conseguiram fazer-se passar por repórteres, o que lhes permitiu uma das muitas visitas prévias ao topo dos prédios, essenciais para o cálculo da estratégia da colocação dos cabos.É especialmente bem-feita a reencenação, utilizando atores e tendo como áudio a narrativa de Petit e amigos -- inclusive alguns norte-americanos --, que permite visualizar como eles introduziram furtivamente seus equipamentos nas torres. Muitas vezes, eram forçados a esconderem-se debaixo de lonas e ali permaneceram imóveis por horas, para evitar serem capturados pelos seguranças do local.

A reconstituição é tão boa que, mesmo sabendo-se evidentemente que toda a operação foi um sucesso, sente-se muito palpavelmente o risco envolvido em tudo aquilo. Graças a isso, os espectadores podem sentir quase o mesmo frio na barriga que os aventureiros sentiram em todas as etapas do processo, que correu o risco de falhar até o último momento, por problemas técnicos e até atmosféricos, como o forte vento nas alturas.

A grande façanha de "O Equilibrista" é não se esgotar na descrição desta grande aventura e suas consequências -- logo depois, Petit e amigos foram presos, sendo um deles deportado. O filme vai além, retratando a personalidade que mantém essa estranha paixão de quase voar tão longe do chão, que é a própria razão de viver de Philippe Petit, hoje com 60 anos, e captando, também, o clima libertário e contestador de sua época.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Meu Nome Não é Johnny e Estômago


Meu Nome Não é Johnny leva seis; Estômago é eleito o Melhor Filme no "Oscar do Cinema Brasileiro"
DA REDAÇÃO WWW.CINECLICK.COM.BR FOI ENTREGUE NA NOITE DESTA TERÇA-FEIRA (14/4), EM FESTA DE GALA NO RIO DE JANEIRO, O GRANDE PRÊMIO VIVO DO CINEMA BRASILEIRO, CONHECIDO COMO O "OSCAR DO CINEMA BRASILEIRO", APRESENTADO POR DANIEL FILHO (SE EU FOSSE VOCÊ 2) E MARÍLIA PÊRA (POLARÓIDES URBANAS). FORAM 27 CATEGORIAS, ELEGENDO OS MAIORES DESTAQUES EM LONGA E CURTA-METRAGEM DO CINEMA BRASILEIRO.

REPETINDO A ESTRATÉGIA DE SUCESSO DA EDIÇÃO PASSADA, O GRANDE PRÊMIO VIVO DO CINEMA BRASILEIRO TAMBÉM TEVE PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO NA ESCOLHA DE DUAS CATEGORIAS ESPECIAIS: MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO NACIONAL E MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO ESTRANGEIRO.

ESTÔMAGO E MEU NOME NÃO É JOHNNY, QUE LIDERARAM AS INDICAÇÕES, AMBOS CONCORRENDO EM 14 CATEGORIAS, LEVARAM 5 E 6 PRÊMIOS, RESPECTIVAMENTE.

RODRIGO SANTORO (CINTURÃO VERMELHO), TONY RAMOS (SE EU FOSSE VOCÊ 2), CAUÃ REYMOND (DIVÃ) E CACÁ DIEGUES (O MAIOR AMOR DO MUNDO) APRESENTARAM CATEGORIAS DURANTE A ENTREGA DO PRÊMIO GRANDE OTELO.

NELSON PEREIRA DOS SANTOS FOI O GRANDE HOMENAGEADO DA NOITE PELA ACADEMIA DE CINEMA BRASILEIRO E RECEBEU O TRÓFEU PELO ATOR CARLOS VEREDA. ANKITO E DERCY GONÇALVES RECEBERAM HOMENAGENS PÓSTUMAS.

Confira os vencedores:

Melhor Longa-metragem de Ficção Nacional:

Estômago, de Marcos Jorge

Melhor Longa-metragem Nacional pela votação do público:

Estômago, de Marcos Jorge

Melhor Longa-Metragem de Ficção Estrangeiro:

Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen

Melhor Longa-Metragem Estrangeiro pela votação do público:

Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen

Melhor Documentário

O Mistério do Samba

Melhor Filme Infantil
Pequenas Histórias

Melhor Filme de Animação - Menção Honrosa
Garoto Cósmico

Melhor Diretor
Marcos Jorge (Estômago)

Melhor Ator
Selton Mello (Meu Nome Não é Johnny)

Melhor Atriz
Leandra Leal (Nome Próprio)

Melhor Ator Coadjuvante
Babu Santana (Estômago)

Melhor Atriz Coadjuvante
Júlia Lemmertz (Meu Nome Não é Johnny)

Melhor Roteiro Original
Cláudia da Natividade, Fabrízio Donvito, Lusa Silvestre e Marcos Jorge (Estômago)

Melhor Roteiro Adaptado
Mariza Leão e Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny)

Melhor Figurino
Chega de Saudade

Melhor Maquiagem
Ensaio Sobre a Cegueira

Melhor Trilha Sonora
Os Desafinados

Melhor Trilha Sonora Original
Meu Nome Não é Johnny

Melhor Direção de Arte
Ensaio Sobre a Cegueira

Melhor Edição - Ficção
Meu Nome Não é Johnny

Melhor Edição - Documentário

O Mistério do Samba

Melhor Fotografia
Ensaio Sobre a Cegueira

Melhor Som

Meu Nome Não é Johnny

Melhores Efeitos Especiais

Ensaio Sobre a Cegueira

Melhor Curta-Metragem - Animação
Dossiê Rê Bordosa

Melhor Curta-Metragem - Documentário

Dreznica

Melhor Curta-Metragem - Ficção
café com leite

terça-feira, 14 de abril de 2009

Heath Ledger o Coringa



Heath Leader

Heath Ledger Ele foi além, até o figurino e a maquiagem ultrapassaram os limites. Aliás, está aí uma palavra que o Coringa de Ledger parece desconhecer: limites. Ele quebra as barreiras do simples humor negro – ainda não inventaram uma palavra que defina o grau de escuridão daquele humor. O modo como ele se move, o timbre da voz, a construção das frases – ou melhor, a pontuação das frases -, o tom da risada – e os momentos em que ela resolve aparecer -, a postura, o olhar, os tiques que ele faz com a boca. O conjunto todo é perfeito, e os detalhes são, cada um, algo a se prestar atenção. Mas, claro, devemos dar crédito não só a ele, porque, além de bem executados, aqueles diálogos/monólogos do Coringa são simplesmente aterradores – mesmo que estivessem sendo lidos por um ursinho cor-de-rosa. Só que, para nossa alegria, foram recitados pelo Coringa. Pelo Coringa de Heath Ledger.

Heath Andrew Ledger (Perth, 4 de abril de 1979 — Nova Iorque, 22 de janeiro de 2008) foi um ator australiano. Depois de papéis na televisão durante a década de 1990, Ledger iniciou sua carreira em Hollywood. Estrelou em sucessos de público e crítica como 10 Things I Hate About You, The Patriot, Ned Kelly, A Knight's Tale e Brokeback Mountain. Em 2007, concluiu a sua performance de Coringa/Joker no filme The Dark Knight, sequência de Batman Begins. Pelo desempenho como Coringa/Joker, Ledger recebeu o Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator coadjuvante, entregues postumamente. O seu último filme, The Imaginarium of Doctor Parnassus, ficou incompleto por ocasião de sua morte. A imprensa divulgou recentemente uma nota que três atores (Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell) irão substitui-lo na produção.
Em 22 de fevereiro de 2009, Heath Ledger ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante por The Dark Knight. Heath foi o segundo ator a ganhar um Oscar póstumo. O primeiro foi Peter Finch na categoria de Melhor Ator por Network em 1977.

Vida familiar

Ledger nasceu em Perth, Austrália Ocidental. Era filho de Sally Ledger Bell, uma professora francesa, e Kim Ledger, um piloto de corridas e engenheiro de minas.[1] A mãe de Ledger descende do clã Campbell da Escócia e a família do seu pai é conhecida em Perth por ser a dona da Casa de Fundição Ledger.[2] Tinha três irmãs, Kate, Olivia Ledger e Ashleig Bell. Heath e sua irmã Kate receberam esses nomes como homenagem aos personagens principais do livro Wuthering Heights de Emily Brontë. A Fundação de Caridade Sir Frank Ledger recebeu este nome por causa de seu bisavô.[3] Ledger estudou na Guildford Grammar School, onde teve a sua primeira experiência de actor numa peça sobre Peter Pan, aos dez anos de idade.[4]

Carreira
Década de 1990


Aos dezesseis anos de idade, Ledger fez exames de graduação rápida no ensino médio e partiu para Sydney com o melhor amigo, Trevor DiCarlo, para tentar consolidar-se como ator. Voltou para Perth para actuar como um ciclista homossexual na série de televisão Sweat, de 1996.
Em 1996, antes de fazer a sua estreia no cinema australiano em Blackrock, Ledger envolveu-se em Roar, uma série de duração curta da Fox Broadcasting Company. Em 1999, Ledger estrelou na comédia adolescente 10 Things I Hate About You, e começou a ganhar visibilidade nos Estados Unidos da América. Também naquele ano estrelou no aclamado filme australiano Two Hands.

Década de 2000

De 2000 até 2005, Ledger estrelou, ao lado do ator Mel Gibson, The Patriot, e outros filmes Monster's Ball, A Knight's Tale, The Four Feathers, Ned Kelly, The Order e The Brothers Grimm. Em 2001, ganhou o prémio ShoWest de Futura Estrela Masculina com base nas suas performances em The Patriot e A Knight's Tale. Em 2003, foi nomeado um dos atores favoritos daquele ano pela edição australiana da revista GQ.
Em 2005, Ledger recebeu o prémio de melhor ator do Círculo de Críticos de Cinema das cidades de Nova Iorque e de São Francisco pelo seu aclamado desempenho no filme Brokeback Mountain de Ang Lee. Neste, Ledger interpreta um cowboy homossexual do estado de Wyoming, Estados Unidos, chamado Ennis Del Mar, que se apaixona pelo sonhador Jack Twist, interpretado por Jake Gyllenhaal. Por esta performance, recebeu também indicações para os prémios de melhor ator nos Globos de Ouro e Oscar.
Também em 2005, Ledger interpretou uma versão fictícia de Giacomo Casanova em Casanova. O filme, uma comédia romântica co-estrelada por Sienna Miller e Jeremy Irons, recebeu duras críticas e pouca bilheteria, sendo o primeiro filme de Ledger a não obter êxito comercial ou crítico.
Em 2006, Ledger foi convidado a tornar-se membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 2007, foi um dos seis actores a interpretar Bob Dylan em I'm Not There.
Ledger interpretou o Coringa/Joker, vilão das histórias de banda desenhada (quadrinhos) de Batman, em Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight), de 2008, do qual recebeu, no dia 23 de fevereiro de 2009, o prêmio póstumo Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante um ano após a sua morte.[5] O filme teve estréia em 18 de Julho de 2008. Como o filme já estava em etapa de pós-produção após a morte de Ledger, não sofreu alterações. No entanto, não se pode dizer o mesmo sobre a campanha de marketing viral na sua personagem. Nos créditos finais deste filme, segundo os produtores, haverá uma homenagem póstuma ao ator.
Heath estava a filmar The Imaginarium of Doctor Parnassus na época da sua morte. Os produtores decidiram que os atores Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell continuarão o papel do ator no filme. Pelo roteiro, em suas viagens, o Dr. Parnassus passa por um espelho mágico, portanto, todas as vezes que ele passar por esse espelho, o ator mudará, tornando possível a atuação dos quatro atores no papel-título.

Direção

Ledger tinha fortes aspirações a se tornar diretor de cinema. Explorou esse seu lado em alguns videoclipes e numa curta-metragem. Em 2006, dirigiu três videoclipes: "Morning Yearning" de Ben Harper, e "Cause an Effect" e "Seduction Is Evil (She's Hot)" de N'fa, rapper australiano. Em 2007, revelou numa conferência de imprensa no Festival de Veneza que gostaria de dirigir um filme sobre Nick Drake, cantor e compositor britânico morto prematuramente aos 26 anos. Este foi o tema de "Black Eyed Dog", a sua primeira e única curta-metragem.
Ledger estava a trabalhar numa adaptação cinematográfica de The Queen's Gambit, de Walter Tevis, com o produtor e argumentista escocês Allan Scott. Este seria o seu primeiro filme como diretor.

Vida pessoal

De Agosto de 2002 até abril de 2004, Ledger namorou a atriz Naomi Watts, que conheceu durante as filmagens de Ned Kelly. Havia, antes, namorado as atrizes Lisa Zane e Heather Graham.
Em 2005, Ledger se envolveu com Michelle Williams, que conheceu durante as filmagens de Brokeback Mountain. A filha deles, Matilda Rose, nasceu em 28 de outubro de 2005 na cidade de Nova Iorque. O padrinho da criança é Jake Gyllenhaal, que também atuou em Brokeback Mountain e a madrinha é Busy Philipps, que atuara com Williams no seriado adolescente Dawson's Creek.
Em agosto de 2007, a revista Us Weekly informou que Ledger e Williams haviam acabado com seu relacionamento devido à tumultuada agenda de compromissos de ambos. Nenhum dos dois confirmou ou negou o rumor. Em setembro daquele mesmo ano, Larry, o pai de Williams, confirmou ao jornal australiano The Daily Telegraph que o relacionamento dos dois havia realmente acabado.
No começo de 2008, foi informado pela mídia que Ledger estava saindo com a modelo Gemma Ward, após terem comemorado os feriados do fim de 2007 juntos.

Morte

Na manhã do dia 22 de janeiro de 2008, a empregada Teresa Solomon entrou com sua própria chave no apartamento do ator, situado no bairro do Soho - Nova Iorque, para seu trabalho habitual. Por volta das treze horas, foi trocar uma lâmpada no quarto de Ledger e percebera que ele ainda estava dormindo.
Às 14h45, a massagista Diana Wolozin apareceu para sua sessão agendada com o ator. Como Diana e a empregada não obtiveram resposta ao bater na porta do quarto de Ledger, a massagista resolveu entrar e tentar acordar Ledger, que segundo depoimento dado a polícia, já estava frio a esta altura.
Diana acreditava que Ledger estava apenas inconsciente, então pegou o celular do ator e ligou para a atriz Mary-Kate Olsen, que era amiga de Ledger e cujo número estava na memória, e perguntou a ela o que deveria fazer. Olsen, que também vive em Manhattan mas se encontrava na Califórnia, respondeu que enviaria seus seguranças privados para ajudar na situação. Na sequência, a massagista ligou para o resgate. A atendente da emergência ainda orientou Wolozin nas técnicas de reanimação.
Os paramédicos chegaram minutos depois, praticamente no mesmo momento em que os seguranças de Olsen também apareceram. Mas era tarde - o jovem ator, de apenas 28 anos já estava morto.
Diversas hipóteses foram levantadas pelas autoridades e a imprensa em relação à verdadeira causa da morte prematura do ator, inclusive suicídio. Após duas semanas de investigação, o IML de Nova Iorque finalmente concluiu que a causa da morte havia sido por intoxicação acidental de remédios prescritos (oxicodona, hidrocodona, diazepam, temazepam, alprazolam e doxilamina) com efeitos calmante e sonífero.
O funeral de Ledger aconteceu em Perth, Austrália, sua cidade natal, no dia 9 de Fevereiro de 2008. Na ocasião, houve uma breve homenagem de 90 minutos e apenas 10 pessoas, entre amigos e familiares foram autorizadas a estar presente no evento reservado.
Ledger foi cremado e suas cinzas dispersas na sua praia australiana favorita. Após isso, seus parentes e amigos juntaram-se ao mar numa emocionante celebração coletiva, uma última homenagem ao jovem ator.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

HISTÓRIA DA 7º ARTE


História do cinema

Estabelecer marcos históricos é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, seu emprego, práticas associadas e impacto numa ordem cultural. Aqui serão apresentados alguns, no intuito de melhor conhecer esta complexa manifestação estética a qual muitos chamam de a 7ª Arte. De facto, a data de 28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.


Nascimento

A questão de saber quem inventou o cinema é problemática. Hoje em dia, o cinema baseia-se em projecções públicas de imagens animadas. O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até a síntese do movimento utilizando a persistência da visão com a invenção de jogos ópticos. Dentre os jogos ópticos inventados vale a pena destacar o thaumatrópio (inventado entre 1820 e 1825 por William Fitton), fenacistoscópio (inventado em 1829 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau), zootropo (em 1834 por William George Horner) e praxinoscópio (em 1877,por Émile Reynaud). Em 1888, Émile Reynaud melhorou sua invenção e começou projectar imagens no Musée Grévin durante 10 anos.

Em 1876, Eadweard James Muybridge fez uma experiência, primeiro colocou doze e depois 24 câmaras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxinoscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marey melhorou o aparelho de Muybridge.

Em 1888, Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de 2 segundos mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projecção ficasse inadequada.

William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories, inventou uma tira de celulóide contendo uma sequência de imagens que seria a base para fotografia e projeção de imagens em movimento. Em 1891, Thomas Edison inventou o cinetógrafo e posteriormente o cinetoscópio. O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada por Dickson mas com funções limitadas. O cinetoscópio não projetava o filme.


Baseado na invenção de Edison, Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um (máquina de filmar, de revelar e projectar). Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de filmes no dia 28 de dezembro no Salão do Grand Café de Paris. A exposição foi um sucesso. Esta data, data da primeira projecção pública paga, é comumente conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham reivindicado para si a invenção de tal feito. Porém as histórias americanas atribuem um maior peso ao americano Thomas Edison pela invenção do cinema.

Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim de apresentar pequenos filmes, os primeiros documentários como um início do cinema amador. "Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou "Empregados deixando a Fábrica Lumière") é tido como o primeiro documentário da história sendo dirigido e produzido por Louis Lumière. Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumiére o filme "The Sprinkler Sprinkled", uma pequena comédia. Menos de 6 meses depois, Edison projetaria seu primeiro filme, "Vitascope".

Cinema mudo

Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas.

Desenvolvimento e negócio

O ilusionista francês, Georges Méliès começou a exibir filmes em 1896, quando ganhou uma "filmadora". Ele foi pioneiro em alguns efeitos especiais. Seu filme "Le Voyage dans la Lune" (ou "Viagem à Lua") de apenas 14 minutos foi o primeiro a tratar sobre o assunto de alienígenas.

Edwin S. Porter que se tornou camaraman de Thomas Edison usou pela pirmeira vez a técnica de edição de imagens. Em seu filme "Life of an American Fireman" de 1903 é possível ver duas imagens diferentes mas que ocorreram simultâneamente, a visão de uma mulher sendo resgatada por um bombeiro e a mesma cena com a visão do bombeiro resgatando a mulher. Em "The Great Train Robbery" (1903), um dos primeiros westerns do cinema, o grande legado foi o "cross-cutting" com imagens simultâneas em diferentes lugares.

O desenvolvimento de filmes fez crescer os nickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava o ingresso de 1 nickel. O filmes também começaram a crescer em duração. Antes um filme durava de 10 a 15 minutos. Em 1906, o filme australiano "The Story of the Kelly Gang" tinha 70 minutos sendo lembrado até hoje como o primeiro longa metragem da história do cinema. Depois do filme australiano, a Europa começou a produzir filmes até mais longos: "Queen Elizabeth" (filme francês de 1912), "Quo Vadis?" (filme italiano de 1913) e "Cabiria" (filme italiano de 1914, este último com 123 minutos de duração.

Pelo lado americano, o diretor D. W. Griffith conseguia destaque. Seu filme, "The Birth of a Nation" (ou "O Nascimento de uma nação") de 1915, foi considerado um dos filmes mais populares da época do cinema mudo, causou polêmica pela glorificação da escravatura, segregação racial e promoção do aparecimento da Ku Klux Klan e Intolerance (1916) já "Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages" (ou "Intolerância") é considerado uma das grandes obras do cinema mudo.

Em 1907, os irmãos Lafitte criaram os filmes de arte na França com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema já que estes pensavam ser o cinema para classes menos educadas.

Hollywood

Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema foi arrasada. Hollywood começou a se destacar no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywood, encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro cinematográfico do planeta.

Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio. Lutaram entre si e as vezes para competir melhor, juntaram empresas assim nasceu a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios encontraram diretores e atores e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas de Hollywood.

Começaram a se destacar nesta época comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow. Foi o próprio Charles Chaplin e Douglas Fairbanks junto a Mary Pickford e David Wark Griffith que acabaram criando a United Artist com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios.

O cinema no mundo

Em alternativa a Hollywood existiam vários outros lugares que investiam no cinema e contribuiam para seu desenvolvimento.

Na França, os cineastas entre 1919 e 1929 começaram um estilo chamado de Cinema Impressionista Francês ou cinema de vanguarda (avant garde em francês). Se destacaram nesta época o cineasta Abel Gance com seu filme épico "J’Accuse" e Jean Epstein com seu filme "A queda da casa de Usher" de 1929

Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão donde se destacam os filmes "Das Cabinet des Dr. Calgari" ("O gabinete do doutor Caligari") de 1920 do diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom" ambos de 1922 e do diretor Friedrich Wilhelm Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1929.

Na Espanha surgiu o cinema surrealista donde se destacou o diretor Luis Buñel. "Un Perro andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em português) de 1928 foi o filme que mais representou o cinema surrealista de Buñel.

Na Rússia se destacou o cineasta Serguei Eisenstein que criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica. Seu filme de maior destaque foi "The Battleship Potemkin" (ou br: "O Encouraçado Potemkin", pt: "O Couraçado Potemkin") de 1925.

Infelizmente, cerca de 90% dos filmes mudos se perderam. De fato, a maioria dos filmes mudos foi derretida a fim de recuperarem o nitrato de prata, um componente caro.

A era do som

Até então já haviam sido feitos experimentos com som mas com problemas de sincronização e amplificação. Em 1926, a Warner Brothers introduziu o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco) até que em 1927, a Warner lançou o filme "The Jazz Singer", um musical que pela primeira vez na história do cinema possuia alguns dialogos e cantorias sincronizados aliados a partes totalmente sem som; então em 1928 o filme "The Lights of New York" ,(também da Warner), se tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado. O som gravado no disco do sistema Vitaphone foi logo sendo substituído por outro sistema como o Movietone da Fox, DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com sistema de som no próprio filme.

O Beijo, lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM e o último da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras de Chaplin: Luzes da Cidade e Tempos Modernos.

No final de 1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões economicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente. Neste mesmo ano já lançado grandes filmes falados como "Blackmail" de Alfred Hitchcock (o primeiro filme inglês falado), "Applause" do diretor Rouben Mamoulian (um musical em preto e branco) e "Chinatown Nights" de William Wellman (mesmo diretor de "Uma estrela nasce" de 1937). Foi também no ano de 1929 criado o prêmio Oscar ou Prêmios da Academia que serve até os dias atuais como premiação aos melhores do cinema.

Criatividade

O uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em termos de gêneros nascia entre eles o musical algumas comédias. E com a junção dos dois surgia a comédia musical.

Filmes históricos ou bíblicos na maioria das vezes caminharam de mãos dadas. Dentre os que misturavam este dois gêneros se destacaram "Os dez mandamentos" (versão original de 1923), "Rei dos Reis" de 1932 e Cleopatra de 1934.

Filmes de gangsters se tornaram populares como por exemplo "Little Caesar" e "The Public Enemy" ambos de 1931. Este tipo de filme foi fortemente influenciado pelo Expressionismo Europeu. Talvez o ator que mais se destacou neste gênero foi Humphrey Bogart.

O gênero ficção cinetífica já existente desde o cinema mudo foi se desenvolvendo cada vez mais com a produção de clásicos como "Drácula" (com Bela Lugosi) de 1931 e "Frankenstein" (com Boris Karloff) do mesmo ano.

O duplo sentido com conotações sexuais de Mae West em "She Done Him Wrong" de 1933. A comédia anarquica sem sentido dos Irmãos Marx.

Em 1939 os maiores êxitos do cinema foram "O Maravilhoso Mágico de Oz" e o "Gone with the Wind" (pt: "E tudo o vento levou"; br: "E o vento levou").

Na Itália foi criada a Cinecittà por ordem de Mussolini em 1937. Na América Latina se destacaram o mexicano Cantinflas e a luso-brasileira Carmem Miranda. Carmem Miranda estreou no filme "Alô, Alô Carnaval" de 1936 mas conseguiria sucesso internacional na década seguinte atuando em Hollywood.

Anos 40

A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram de propaganda de guerra. Haviam também já no final da guerra filmes antinazistas. Dentre os filmes que retrataram a época da guerra se destacou o popular "Casablanca" de 1943.com o ator Humphrey Bogart.

No começo da década, o diretor Orson Welles lançou o filme "Citizen Kane" (em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane") com inovações como ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em 1946, o diretor Frank Capra lançou o filme "It's a wonderful life". Ambos os filmes estão classificados entre os melhores de todos os tempos.

No ano de 1947, o Comitê de Segurança dos Estados Unidos fez a primeira lista negra de Hollywood acusando 10 diretores e escritores de promover propaganda comunista. Os filmes "Mission to Moscow" e "Song of Russia" foram considerados propaganda pró-soviética.

Na Itália nascia o Neo-realismo como reação ao cinema facista do regime de Mussolini, e buscava a máxima naturalidade, com atores não profissionais, iluminação natural e com uma forte crítica social. Se considera inaugurado o gênero com "Roma, cidade aberta" (de 1945), ainda que se considera como seu maior representante "Ladrão de bicicletas" de Vittorio de Sica.

Anos 50

O Comitê de Segurança amplia a lista negra incluindos diretores, atores e escritores incluindo até mesmo Charles Chaplin.

O início da década de 50 marcou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora a Atlântida tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Os estúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 40, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxeram para a Atlântida uma série de novos investidores, interessados principalmente em participar dos lucros da empresa, então ainda sob a administração dos irmãos Burle e Moacyr Fenelon. Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 50: Luís Severiano Ribeiro Jr.. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio, ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia de ações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, consequentemente, dono da companhia.

Os filmes 3-D porém duraram pouco tempo, de 1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" de 1953.

No final da década de 50 surgia na França o maravilhoso nouvelle vague donde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Imcompreendidos").

O cinema da Índia era produzido em grande escala mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").

Anos 60

Nos anos 60 o sistema Hollywood começou a entrar em declínio. Muitas produções passaram a ser feitas em Pinewood Studios na Inglaterra.e Cinecittà na Itália ficando fora de Hollywood. "Mary Poppins" de 1964 da Walt Disney Productions, "My Fair Lady" também de 64 e "The Sound of Music" (br: A noviça rebelde — pt: Música no coração) de 1965 estão entre os filmes mais rentáveis da década.

Iniciado pelo diretor John Cassavetes, o cinema americano passou a tomar novos rumos com a produção independente com orçamento reduzido.

Na França o destaque ficou para "Jules e Jim" de 1962 (br: "Uma mulher para dois" do diretor François Truffaut. Na Itália foi o filme "La dolce Vita" de Federico Fellini de 1960. Na Inglaterra o destaque ficou para o início da série de filmes de 007 com o filme "Dr.No" em 1962. Na América Latina o maior destaque ficou por conta da Argentina e do diretor Fernando Solanas.