terça-feira, 26 de maio de 2009

Michael Moore faz documentário sobre a crise econômica


Cineasta ganhador do Oscar deve lançar novo filme em outubro.
No longa, Moore quer mostrar como ricos teriam "roubado o povo".


Michael Moore: "Os ricos decidiram que não tinham riqueza suficiente"
O cineasta Michael Moore, que criticou o governo Bush em "Fahrenheit 11 de Setembro" e a indústria da saúde em "S.O.S. Saúde", voltou sua atenção para o derretimento econômico global.
O diretor premiado com o Oscar vai lançar seu documentário, que ainda não tem título, em toda a América do Norte em 2 de outubro, anunciaram na quinta-feira (21) a Overture Films e a Paramount Vantage, financiadoras do filme.
"Em dado momento, os ricos decidiram que ainda não tinham riqueza suficiente", disse Moore, segundo o comunicado das empresas.
"Eles queriam mais, muito mais. Então puseram mãos à obra para sistematicamente roubar do povo americano seu dinheiro arduamente ganho. Por que eles fizeram isso? É o que procuro descobrir neste filme."
A Overture disse que Moore ainda está trabalhando sobre o filme, e, de modo típico dele, está guardando segredo em relação aos detalhes da trama.
A Overture, que pertence à Liberty Media Corporation, vai cuidar da distribuição doméstica do filme em cinemas e outros locais, enquanto a Paramount Vantage, da Viacom, ficará com as vendas internacionais.

Carreira polêmica
Michael Moore, 55 anos, já tratou do massacre econômico em "Roger e eu", de 1989, o filme que o tornou conhecido, no qual documentou os efeitos do declínio da General Motors sobre sua cidade natal, Flint, no Michigan.
Ele esteve nos cinemas americanos mais recentemente com "S.O.S. Saúde", sobre o setor da saúde americano. O filme vendeu cerca de US$ 25 milhões em ingressos em 2007.
Moore recebeu um Oscar em 2003 por "Tiros em Columbine", em que tratou do controle de armas, e no ano seguinte lançou o incendiário "Fahrenheit 11 de Setembro", que foi impiedoso com o então presidente George W. Bush e a guerra ao terrorismo. O filme foi grande sucesso nas bilheterias, tendo vendido US$ 120 milhões em ingressos nos EUA, mas Moore não conseguiu seu objetivo de impedir que Bush fosse reeleito para um segundo mandato.

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