sábado, 30 de maio de 2009

Filme sobre canibal alemão poderá ser exibido, decide tribunal

Um filme de horror de 2006 baseado na história verídica de um engenheiro alemão que matou e comeu uma vítima que consentiu com o crime poderá ser exibido na Alemanha, decidiu um tribunal na terça-feira, revogando uma proibição anterior.

Armin Meiwes, o "canibal de Rothenburg", que matou e comeu uma pessoa com aprovação dela
Armin Meiwes, o chamado "canibal de Rothenburg", tinha movido uma ação judicial para impedir que o filme do diretor Martin Weisz fosse exibido na Alemanha, alegando que o filme prejudicaria seus direitos pessoais.
O tribunal de Karlsruhe disse que o interesse público pelo filme, somado aos esforços anteriores de Meiwes de ganhar dinheiro com seu crime hediondo, se sobrepõem a sua queixa de que o filme lhe causaria prejuízo emocional.
O filme, "Rohtenburg", lançado no mercado internacional com o título "Grimm Love", traz Keri Russell no papel de uma estudante americana que faz intercâmbio na Alemanha, onde estuda psicologia criminal. Ela escolhe o caso notório do canibal como tema de sua tese.
Na história real que horrorizou a Alemanha, o engenheiro Meiwes conheceu sua vítima, o gerente de informática Bernd-Juergen Brandes, através de um anúncio na Internet em 2001. Brandes disse que estava procurando alguém para "obliterar sua vida sem deixar qualquer rastro".
Depois de decepar o pênis de Brandes e tentar comê-lo, Meiwes o apunhalou no pescoço, o pendurou num gancho de carne e o cortou em pedaços, alguns dos quais comeu mais tarde. Ele filmou sua ação em vídeo.
Em 2006 um tribunal de Frankfurt o condenou à prisão perpétua, rejeitando um argumento anterior segundo o qual seu ato de canibalismo teria equivalido a eutanásia, já que Brandes quisera ser consumido.
Meiwes concedeu muitas entrevistas sobre ele próprio e o crime, e, em 2004, assinou um contrato de marketing com uma produtora. O caso já foi tema de um livro, vários outros filmes e canções de Rammstein e Marilyn Manson.

Um comentário: